Sábado, 26 de Dezembro de 2009

AHBVA comemora 76 anos com dificuldades materiais

Necessidade de um quartel novo continua a ser a preocupação número um da associação

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia (AHBVA) festejou o 76º aniversário no último domingo, dia 20. A sessão solene ficou marcada pelas condecorações e promoções a alguns dos bombeiros, assim como pela lembrança às entidades presentes das dificuldades de natureza material que esta corporação de bombeiros vem atravessando.

A AHBVA entendeu atribuir o Crachá de Ouro às irmãs Maria do Carmo e Margarida, da Congregação de São Vicente de Paulo. Como a irmã Maria do Carmo, por impedimento profissional inadiável, não esteve presente, a Direcção da associação entendeu que João Dias Coimbra, comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros Voluntários de Anadia (BVA), será o fiel depositário da medalha para entrega posterior.

Carlos Alegre, presidente da Assembleia Geral da AHBVA, abriu a cerimónia dirigindo-se aos bombeiros, “que com a sua abnegação e o seu voluntarismo deixam tudo em nome desta nobre missão e lema que os move: Vida Por Vida”.

Coube ao comandante dos BVA dar seguimento à sessão solene, sublinhando que “face às alterações legislativas somos conscientes de mais e maiores responsabilidades e não menos conhecedores de que cada vez mais as dificuldades são e serão maiores”. Contudo, Eduardo Matos está certo que essas alterações não constituem obstáculo, tendo em conta que “os BVA foram sujeitos à solução do problema e a não fazer parte dele, actuando sempre com grande competência e profissionalismo”.

 

Aumento de serviço dos BVA

O comandante falou do aumento significativo de serviço, destacando a maior incidência na área da saúde: “Uma vez que o Ministério da Saúde determinou o encerramento do Serviço de Urgência do Hospital José Luciano de Castro em Janeiro de 2008, obriga-nos a que para qualquer pedido de socorro, o mesmo seja encaminhado para os Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro e Hospital Conde de Sucena, em Águeda”. Estas deslocações, para o comandante dos BVA, dão origem a que os recursos quer humanos quer materiais estejam cativos e indisponíveis muito mais tempo, diminuindo a operacionalidade do corpo activo “momentaneamente, o que nos preocupa”.

Também Mário Teixeira, presidente da Direcção da AHBVA, fez referência a tempos difíceis e às contrariedades, sendo contudo a vontade do corpo dos BVA “incalculável”.

 

Dificuldades materiais

O dirigente falou das dificuldades de natureza material, desde as instalações desajustadas, às viaturas que necessitam de substituição pelo muito uso e idade, aos equipamentos de protecção individual, fardamentos e outros que faltam. Mas lembrou que os subsídios concedidos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Câmara Municipal de Anadia e outras entidades têm solucionado algumas dessas dificuldades.

Durante a cerimónia, Mário Teixeira deu a conhecer a oferta da Comissão de Festas da Moita, de uma verba no valor de 2.651,36 euros, destinada à aquisição de equipamentos. O presidente da Direcção deixou ainda o apelo aos associados que não contribuíram, por ainda não terem sido procurados, para ajudarem com a liquidação das quotas, “cujos valores nos estão a fazer muita falta”.

 

Protocolo para uma EIP

Mário Teixeira aproveitou a ocasião para dar a conhecer o protocolo assinado entre a ANPC, a Câmara Municipal e a AHBVA - por três anos -, que a partir de Janeiro de 2010 vai contar com uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), constituída por cinco elementos dos BVA, em alerta oito horas por dia, de segunda a sexta-feira, destinada a socorrer as populações em situações de catástrofe ou outras.

Teresa Belém, vice-presidente da Câmara de Anadia, em representação do presidente Litério Marques, disse que em 2010 a EIP contará com 50% de comparticipação da autarquia (30 mil euros), ficando a outra metade a cargo da ANPC. A autarca manifestou ainda a vontade da Câmara em vir a dar apoio na construção do novo quartel, através do QREN.

A sessão solene do 76º aniversário da AHBVA contou com promoções a bombeiros de terceira e de segunda. Foram também entregues medalhas por assiduidade grau cobre (pelos serviços prestados por cinco anos), grau prata (serviços prestados por 10 anos) e grau ouro (pelos 25 anos de serviço prestado).

 

 

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Quarta-feira, 7 de Outubro de 2009

Urgências de Anadia regressam à última Assembleia Municipal

Após período da Ordem do Dia, deputados foram convidados a fazer balanço do mandato

O encerramento das Urgências do Hospital José Luciano de Castro de Anadia foram o tema dominante na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Anadia do dia 30 de Setembro, a última do actual mandato, que serviu também para fazer um balanço destes quatro anos, assim como das alterações que foram processadas.

Foi João Morais, deputado da CDU, que tocou na ferida, lembrando que ao chegar ao final do mandato e de um ano de “aspirações de melhorias, chegamos à conclusão que há um compromisso que não foi cumprido”. O deputado foi mais longe, questionando Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia, sobre a possibilidade do protocolo das Urgências ter sido negociado em “parceria”, reflectindo-se na construção do “Velódromo Nacional de Sangalhos ou no nó de ligação à A1”, que entretanto ainda não se concretizou.

Litério Marques começou por dizer que “a época é fértil para a imaginação e questionou João Morais sobre o porquê da população ter desmobilizado e parado com as acções de rua”. Lembrou que a ministra da Saúde, Ana Jorge, nunca reuniu condições para assinar o protocolo e que por isso mesmo nunca o assinou.

“A Consulta Aberta não passou de um engano, porque não tem a ver com o Hospital, mas sim com o Centro de Saúde de Anadia. E essa consulta vai fechar quando forem criadas as Unidades de Saúde Familiar”, advertiu o autarca.

Cardoso Leal, líder de bancada do PS, não gostou de algumas das palavras usadas por Litério Marques e lembrou que o Hospital “afinal até tem ganho consultas de especialidade e a Consulta Aberta tem funcionado em termos do agrado geral da população”, dizendo ao autarca que “alarmar nesta altura não fica bem”.

Prontamente, Litério disse não esperar outra coisa do deputado socialista, “por estarmos em período de campanha eleitoral. Quero também dizer que as consultas de especialidade não são para os anadienses. Só é cego quem não quer ver. Fomos penalizadios pelo PS nas Urgências. Interessa manter a Consulta Aberta no Hospital apenas para dizer que está aberto”.

 

Balanço do mandato

Depois do período de Ordem do Dia, cada líder de bancada foi convidado a fazer o balanço/avaliação do fim da legislatura.

António Cavadas, deputado independente, disse que este foi um “mandato francamente positivo”. Felicitou José Manuel Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal de Anadia, “pela maneira subtil como dirigiu os trabalhos da mesa”.

João Morais reconheceu ter sido duro com algumas forças políticas, mas foi o “meu sentido de consciência”. O deputado da CDU enalteceu o trabalho de José Ribeiro, pela forma “corajosa como conduziu os trabalhos”. Também Cardoso Leal, que teve aqui a sua primeira experiência de política autárquica, admitiu ter servido para “muito aprender”, dizendo que José Ribeiro foi “exemplar” na condução dos trabalhos.

Do PSD foi José Veloso que falou, dando os parabéns a José Ribeiro pela forma “magistral como liderou as sessões”. Litério Marques disse que a democracia em Anadia funcionou, deixando um agradecimento a todos.

Por último, José Ribeiro disse sentir a “satisfação de dever cumprido e com a consciência tranquila”, referindo algumas alterações que ocorreram neste mandato: novo regimento; criação da Conferência dos Representantes dos Grupos Municipais, que reuniu mais de 30 vezes; delegações da Assembleia Municipal que se deslocaram às escolas para os Colóquios do 25 de Abril; alteração da distribuição dos tempos e organização de intervenções; clarificação das várias formas do uso da palavra; alteração da hora das sessões, que teve como objectivo possibilitar aos cidadãos uma participação mais activa; em relação às actas, prescindiu-se da sua leitura no início das sessões, informatização e transcrição de intervenções.

 

 

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Sexta-feira, 18 de Setembro de 2009

Paixão diz que Anadia “parou no tempo” e promete “mais e melhor”

CDU Anadia apresenta cabeças de lista às autárquicas 2009

A CDU Anadia apresentou os cabeças de lista às eleições autárquicas de 11 de Outubro em Sangalhos, no dia 11. O candidato à presidência da Câmara Municipal, José Paixão, deu a conhecer os primeiros traços do programa eleitoral, “que ainda não está fechado”, disse que o concelho de “Anadia parou no tempo” e que com “empenho e vontade é possível fazer mais e melhor”.

Paixão, que também se candidata à Junta de Freguesia de Mogofores, explicou que o facto do seu nome ter sido indicado para a Câmara Municipal “resulta em grande parte por ter sido a cara do movimento ‘Unidos pela Saúde’, que contestou o fecho das Urgências. É um grande desafio que tenho pela frente e é para ganhar a Câmara. Neste momento o resultado está 0-0”.

O cabeça de lista da CDU à autarquia anadiense diz ter certeza de uma coisa: “Tem havido um ciclo de mudança neste concelho. Se muitas situações forem alteradas, já fico satisfeito. A CDU tem uma orientação e valores essenciais, somos uma força criativa e não queremos rótulos”.

José Paixão falou da necessidade de ter “coragem” para ser candidato pela CDU e louvou o facto de este ano terem conseguido mais uma freguesia: Avelãs de Cima. Desta forma, a CDU Anadia apresenta nestas autárquicas candidatos a cinco Juntas de Freguesia do concelho.

 

Programa eleitoral ainda em aberto

Ao referir-se a Anadia como sendo um concelho com “amarras”, o cabeça de lista à Câmara deu o exemplo de Sangalhos, que era um “cartão de visita” e tudo perdeu. Dar mais qualidade de vida às pessoas é uma das bandeiras da CDU Anadia. “Não é a construir Zonas Industriais que se resolvem os problemas do concelho”, disse, sugerindo a criação de brigadas rápidas, que circulem pelas ruas do concelho, para tapar os incómodos buracos que sempre aparecem.

A criação de mais Parques Infantis, “porque só uma ou outra freguesia têm” é outro dos desafios da CDU Anadia, assim como trazer mais ecopontos para o concelho. Paixão propõe ainda a criação de “um ecocentro, um espaço coberto onde qualquer cidadão possa ir depositar os seus lixos”. Terminar com a construção de pólos escolares, para evitar o encerramento das EB1, é outra das proposta da CDU Anadia.

Paixão felicitou ainda Joaquim Mota, anfitrião do jantar, candidato à Junta de Sangalhos, por ter reunido uma equipa “muito boa, forte e empenhada, pessoas que gostam da sua terra”.

E Mota estava visivelmente satisfeito por ter conseguido juntar “mais de 50 pessoas em Sangalhos. Pela primeira vez tivemos dificuldade em encaixar as pessoas, porque tivemos muita gente a fazer parte da lista”.

O candidato à Junta sangalhense contou com a presença “de um amigo de Sangalhos”, Manuel Campos, presidente da Junta de Espinhel (Águeda) no jantar e frisou que “este ano é difícil. Só com muito trabalho. Mas temos a possibilidade de dar a Sangalhos outro rumo. Porque se não for este ano, nunca mais conseguimos”, rematou, lembrando que por fazer parte do actual Executivo conhece os problemas “muito bem”.

 

Cabeças de lista a cinco Juntas

A CDU Anadia conta com os seguintes cabeças de lista às Juntas de Freguesia: Maria de Fátima Flores (Arcos); Sandra Catarina Almeida Rodrigues (Avelãs de Caminho); António Carlos de Oliveira Costa (Avelãs de Cima); José Francisco Paixão Correia (Mogofores) e Joaquim Alfredo Pereira da Mota (Sangalhos). (Foto: Quiosque das Letras. Pós-produção: Leiam a Imagem)

 

 

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Terça-feira, 9 de Junho de 2009

Hospital José Luciano de Castro de Anadia com primeiro lugar nacional

Serviço de Internamento e Consulta Externa são os melhores do país

O serviço de Internamento do Hospital José Luciano de Castro de Anadia (HJLCA) ficou em primeiro lugar num estudo nacional intitulado “Avaliação da Qualidade Apercebida e da Satisfação dos Utentes dos Hospitais - EPE e SPA em 2008”, com 93,8% de satisfação dos utentes.

Também na Consulta Externa o HJLCA ocupou o primeiro lugar do estudo, com uma taxa de 89% de satisfação. Para José Afonso, presidente do Conselho de Administração daquela unidade hospitalar, “atingir estes resultados é uma maior responsabilidade. Não é com isto que vamos sobreviver”, disse, lembrando que no HJLCA o “doente está sempre e todos os dias no centro do sistema”.

Importa referir que o estudo foi realizado pela Administração Central do Sistema de Saúde em parceria com o Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa.

 

Urgência ocupa quarto lugar

Relativamente ao serviço de Urgência do HJLCA, o lugar ocupado no estudo - que se reporta ao ano de 2008 - é o quarto, com 75,8%. José Afonso explica que apesar do serviço ter encerrado dia 2 de Janeiro de 2008, a amostra refere-se ao dia 1, “que reuniu dados possíveis para integrar o estudo, de acordo com os técnicos por ele responsáveis”.

Esta classificação, para o administrador, deve-se “objectivamente, ao cumprimento dos critérios”.

Sobre o serviço de Internamento, José Afonso admite que o primeiro lugar não o surpreendeu, “porque já fazemos auditorias internas e o questionário dá mais ou menos este valor”. Quanto à Consulta Externa, o responsável admite que “há aspectos onde temos que melhorar substancialmente”. E enumera parâmetros como a imagem, o acolhimento, o tempo de espera e a satisfação e lealdade.

José Afonso referiu que agora “não podemos baixar estes resultados”.

O estudo não está a ser realizado pela primeira vez. Mas é a primeira vez que o HJLCA está a ser avaliado.

 

Melhoria da qualidade

José Afonso sublinhou que o HJLCA pugna pela “cultura de melhoria contínua da qualidade”, um resultado que atribui à acreditação “Kings Fund”, implementada em 2006.

O presidente do Conselho de Administração do HJLCA considera que o conhecimento destes resultados “tem sido bom. Tanto para os utentes como para o pessoal internamente. Porque faz com que se apercebam onde podem ajudar”.

Relativamente às 20 camas da Unidade de Convalescença, que começou a funcionar em Janeiro deste ano, José Afonso revelou que a taxa de ocupação está acima dos 75%, “estando a funcionar bem, visto ter vindo colmatar uma lacuna que existia, porque não tínhamos componente de reabilitação”.

Criar uma Unidade de Cirurgia do Ambulatório é o próximo passo.

 

 

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Sábado, 7 de Março de 2009

CDU ataca Câmara Municipal de Anadia

José Paixão é o candidato escolhido

Quem não se lembra de José Paixão? Um dos rostos da discórdia no longo processo das Urgências do Hospital José Luciano de Castro de Anadia, que encabeçou o movimento cívico “Unidos pela Saúde” e que lutou com unhas e dentes contra o encerramento do serviço. Com 45 anos de idade, operário metalúrgico, é ele o candidato escolhido pela CDU à Câmara Municipal de Anadia.

Para a Assembleia Municipal de Anadia, o candidato é João Alves Morais, 63 anos, Factor da CP reformado, que actualmente já desempenha as funções de deputado pelo partido neste órgão e na Assembleia de Freguesia de Sangalhos. Ambos os candidatos são militantes do PCP.

Para a Assembleia de Freguesia de Arcos, o rosto escolhido é o de Maria de Fátima Flores, 61 anos, professora, membro do Partido Ecologista “Os Verdes”.

Joaquim Mota, 38 anos, Técnico de Vendas e militante do PCP é o candidato à Assembleia de Freguesia de Sangalhos. Joaquim Augusto Gaspar, técnico fabril reformado e militante do PCP é o mandatário para o concelho.

Apresentados que estão os primeiros candidatos da CDU aos órgãos autárquicos, em nota à Imprensa a coligação afirma que “após 33 anos de governação do PSD, a nossa terra continua atrasada. Temos menos serviços públicos de interesse para a população, como, por exemplo, a Urgência do nosso hospital”.

A CDU diz que as obras públicas continuam a ser feitas “aos empurrões, sem um mínimo de organização ou planificação, sem respeito pelos munícipes, que têm que conviver meses a fio com os incómodos por elas provocados”, esperando depois “meses e meses por uma inauguração politicamente oportuna, para finalmente serem postas à disposição dos munícipes e se detectarem os seus erros e defeitos de concepção”, acusam. Por estas e “muitas outras razões, a CDU continua a fazer falta ao concelho”.

 

 

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Quinta-feira, 8 de Janeiro de 2009

Serviço fechou portas no dia 2 de Janeiro de 2008

Urgências de Anadia encerradas há um ano sem protocolo assinado

No passado dia 2 fez um ano que a Urgência do Hospital José Luciano de Castro de Anadia foi encerrada pelo então ministro da Saúde, Correia de Campos. As dezenas de manifestações levadas a cabo pelo povo ainda estão vivas na memória de muitos. Mas cessaram. E volvidos estes 12 meses o hospital está hoje requalificado. Contudo, o protocolo proposto pelo Ministério da Saúde continua por assinar pela Câmara Municipal de Anadia.

José Paixão, que liderou o movimento cívico de populares denominado por “Unidos pela Saúde”, afirma sem pudor que o protocolo, mesmo não tendo sido assinado por Litério Marques, presidente da Câmara de Anadia, “está a ser cumprido”. Fundamenta-se nas “obras que têm estado a decorrer no hospital, assim como algumas alterações ao nível de consultas de especialidade”.

Assumindo-se, desde o início, como uma voz da discórdia ao longo de todo o processo, José Paixão admite que a Consulta Aberta, que veio substituir o Serviço de Urgência, “está a funcionar satisfatoriamente”. Mas continua firme na opinião face à eventual assinatura do protocolo: “Continuamos a não aceitá-lo como está e não o queremos ver assinado. Com esta gente não vale a pena. Só se formos tolos! Há concelhos que assinaram e não receberam nada em troca”, atirou, dando como exemplos Cantanhede e Estarreja.

E chegou mais longe, propondo a assinatura de um “inventário”, depois de “tudo lá estar, para não ficarmos sem nada definitivamente”.

Para José Paixão, um ano depois das portas da Urgência estarem fechadas em Anadia, o problema continua a ser o mesmo: a redução do horário de atendimento ao público, que passou de 24 horas para 16 horas, ou seja, a Consulta Aberta encerra das 24 às 8 horas da manhã.

“Se estivesse a funcionar durante as 24 horas era excelente. Não pedíamos mais”, afiança, garantindo que da sua parte haverá sempre contestação enquanto não estiverem contempladas as 24 horas de funcionamento do serviço, equacionando mesmo voltar à rua “em ano de eleições”.

“Se tudo está a ser cumprido, para quê assinar agora o protocolo? Arriscamos prejuízos”, advertiu.

 

Hospital requalificado

De acordo com informações da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), a cessação do Serviço de Urgência do Hospital José Luciano de Castro de Anadia, a 2 de Janeiro de 2008, implicou a criação de uma Consulta Aberta, inserida no âmbito do programa de reforma dos cuidados de saúde primários, que entrou imediatamente em funcionamento na mesma data.

A partir dessa altura avançou o projecto de requalificação do hospital, projecto esse do qual faz parte a Consulta Aberta, bem como a criação de consultas da especialidade. Assim, segundo a ARSC, em colaboração com os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) estão já a funcionar as consultas de Otorrinolaringologia e de Dermatologia, estando previsto arrancar, em breve, a consulta de Oftalmologia.

Foi também reforçada a Cirurgia Vascular, em articulação com os HUC, e alargado o horário da consulta de Pediatria, bem como a melhoria da oferta do hospital em Fisioterapia, com a contratação de dois fisioterapeutas, o que está a permitir reduzir a lista de espera nesta área.

 

Nova Unidade de Convalescença

Ainda no âmbito do projecto de requalificação iniciaram-se obras para a instalação de uma Unidade de Convalescença, com 20 camas, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. As obras estão, nesta altura, concluídas, aguardando o hospital apenas a vistoria das entidades responsáveis da ARSC, estando prevista a abertura da unidade ainda este mês.

A ARSC relembra ainda que, a 22 de Dezembro de 2007, o INEM I.P. instalou uma ambulância SBS (Suporte Básico de Vida), com dois técnicos de ambulância de emergência (TAE), destinada a servir o município de Anadia. O sistema regional de socorro e transporte conta ainda com as unidades VMER sedeadas em Coimbra e Aveiro.

 

Mais de 35 mil atendimentos na Consulta Aberta em 2008

Segundo números fornecidos pela ARSC, a Consulta Aberta, a funcionar no Hospital José Luciano de Castro de Anadia, de 2 de Janeiro de 2008 a 31 de Dezembro de 2008, somou um total de 37.102 atendimentos.

De referir ainda que foram realizadas 450 consultas de Dermatologia, desde Maio de 2008 e 60 consultas de Otorrinolaringologia, desde Outubro do mesmo ano.

O Quiosque das Letras ouviu alguns utentes, que se mostraram satisfeitos com a prestação da Consulta Aberta. Apesar disto, a maioria deles mostrou preocupação face ao encerramento depois da meia-noite, visto não haver confiança na alternativa (transporte pelo INEM para os HUC).

 

Um longo processo

Recuando no tempo, o processo das Urgências de Anadia - concretizando-se o fecho a 2 de Janeiro de 2008 -, teve início ainda antes, em Dezembro, porque uma providência cautelar foi interposta pela autarquia, acabando por ser rejeitada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu.

As dezenas de acções de rua promovidas pelo “Unidos pela Saúde” acabaram por desgastar a imagem do ministro Correia de Campos, que acabou por se demitir, sucedendo-lhe Ana Jorge, que acabou por manter os seus argumentos e a decisão.

Nesta altura Litério Marques decide afastar-se dos protestos, mostrando abertura ao diálogo com Ana Jorge. Hoje, o autarca vai-se agarrando a aspectos formais do protocolo proposto pela nova ministra, para protelar a sua assinatura. Mas as melhorias vão chegando na mesma ao Hospital José Luciano de Castro. (Foto: Ana Jesus Ribeiro)

 

 

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Domingo, 23 de Novembro de 2008

Assembleia Municipal de Anadia extraordinária

Sessão concorrida para debater futuro das “Urgências”

Cerca de meia centena de populares, mobilizados pelo movimento cívico “Unidos pela Saúde”, marcaram presença na sessão extraordinária da Assembleia Municipal, que teve lugar na noite do dia 14, para saber qual o futuro do serviço de “Urgências” e do Hospital José Luciano de Castro de Anadia.

A reunião foi convocada por Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia, para dar conta das negociações que tem mantido com o Ministério da Saúde (MS) e para fazer o ponto de situação relativamente à questão do indeferimento da providência cautelar requerida pelo município, contra o MS, e os motivos que levaram a autarquia a não recorrer.

Foi José Paixão, líder do “Unidos pela Saúde”, que iniciou o período de intervenção do público, pedindo esclarecimentos a Litério Marques sobre o protocolo e se após 10 meses de negociações já havia algum entendimento.

José Paixão falou ainda da providência cautelar, solicitando a leitura do acórdão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu (TAFV), que não deu provimento, “para percebermos se houve má fé ou se foram outras as razões do indeferimento”. Questões sobre o eventual encerramento de mais serviços na área da Saúde no concelho, especialmente da consulta aberta, também foram colocadas pelo líder do movimento.

Litério Marques - que disse estar satisfeito com a “sala cheia” de populares, o que é pouco habitual -, assegurou ainda não ter assinado nenhum protocolo, mas mostrou-se disponível a fazê-lo, “assim que estejam garantidos os interesses do nosso hospital e dos utentes do concelho de Anadia”, e que a questão do “regresso dos doentes a casa depois da alta seja revista, para evitar os problemas dos transportes”.

O autarca sublinhou ainda que o protocolo só será assinado depois de vir à Assembleia Municipal.

   

“Queimar tempo”

O presidente da Câmara de Anadia, sobre a providência cautelar, que visava a reabertura das “Urgências”, esclareceu que a decisão de não recorrer da decisão do tribunal foi votada por unanimidade em reunião do Executivo, porque “dificilmente teria vencimento e servia apenas para queimar tempo”. Contudo, o autarca disse que qualquer cidadão poderia avançar com uma acção de prejuízos eventuais para a saúde e que nesta fase preferia o diálogo, “porque alguma coisa há-de resolver-se. Estou aberto para falar com a ministra da Saúde, até porque temos projectos para beneficiar as valências existentes e para valorizar a rede de Saúde do concelho”.

 

Consulta aberta continua

Sobre o eventual encerramento da consulta aberta - a funcionar no lugar das “Urgências” desde o dia 2 de Janeiro -, notícia que foi publicada por um jornal local, onde José Paixão proferia declarações, Litério Marques desmentiu esta possibilidade, auxiliando-se de uma rectificação à notícia, emitida por João Pedro Pimentel, presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

O autarca leu o documento, onde são enumeradas as medidas de beneficiação dos serviços de Saúde de Anadia já efectuadas ou em curso, bem como outras previstas, sendo negado o encerramento de mais serviços no concelho de Anadia.

Litério Marques sublinhou estar satisfeito com o esclarecimento da ARSC, dizendo acreditar e confiar em João Pedro Pimentel.

 

Um processo que está “ilegal”

Ainda no período de intervenção do público, José Manuel Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal de Anadia, sugeriu que dada a dimensão do acórdão do TAFV, fosse disponibilizado na Internet, no sítio da Câmara, “pela sua importância e para que todos possam assim aceder ao documento”.

João Tiago Castelo Branco, líder do CDS-PP Anadia, foi outro dos intervenientes neste período. Começou por dizer que o processo do fecho das “Urgências” não tem sido “transparente e continua a não ser. Todo este processo está ilegal”, acusou.

O jovem líder argumentou ainda que se a “providência cautelar não conseguiu abrir as ‘Urgências’ era porque estava muito mal feita”, ao que Litério Marques respondeu, dizendo que o documento tinha bases e foi “bem formulado, caso contrário nem sequer tinha sido aceite. A providência cautelar foi bem elaborada. Os argumentos é que não convenceram o tribunal”.

O Quiosque das Letras teve acesso ao documento, onde pode ler-se que se desconhecem os “termos concretos em que o requerente pretende impugnar o despacho suspendendo, por falta de propositura de acção principal, através de acção administrativa especial e não de acção comum como vem referido”. Pode também ler-se que “o processo cautelar não é o meio idóneo para a apreciação aprofundada da adequação do procedimento adoptado pela administração”, e ainda que há “falta de prova da existência” de fundamento, dando assim o juiz a entender que a providência cautelar não foi bem formulada.

 

 

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Domingo, 27 de Julho de 2008

População de Anadia volta à rua

“Unidos pela Saúde” juntam mais de 200 manifestantes em vigília

Foi a vigésima sexta acção de protesto da população de Anadia, após sete meses de negociações entre a Ministra da Saúde, Ana Jorge e o presidente da Câmara, Litério Marques, que desta vez não participou. O movimento cívico “Unidos pela Saúde” desconfia do protocolo que está a ser trabalhado entre o autarca e o Governo e exige a reabertura do Serviço de Urgências do Hospital José Luciano de Castro à noite.

Ao que tudo indica, o protocolo prevê apenas a substituição da ambulância de suporte básico (SUB) por outra de Suporte Avançado de Vida (SIV), mas os moradores do concelho de Anadia querem a presença de um médico e de um enfermeiro durante o período da meia-noite às 8 horas.

A vigília da noite da passada quarta-feira, dia 23, dividiu visivelmente os autarcas de Anadia. Entre as mais de duas centenas de manifestantes que desfilaram pelas ruas da cidade esteve o presidente da Assembleia Municipal de Anadia, José Manuel Ribeiro, mas não o presidente da autarquia.

Assumindo “algumas reservas em relação ao que se vai sabendo”, José Manuel Ribeiro afirma estar à espera que Litério Marques, também do PSD, lhe envie o que é proposto pelo Ministério da Saúde.

Por seu turno, Litério Marques considera que é prematuro qualquer manifestação, dado que decorrem ainda as negociações com a ministra: “A boa-fé imperou, mas a verdade é que em termos da parte descritiva do protocolo, nem de perto nem de longe a ministra assegura o que nós temos vindo a conversar. Não garante a tal funcionalidade do Hospital de Anadia”, alegou à Rádio Renascença.

Já José Paixão, do movimento “Unidos pela Saúde”, classificou o documento como o “protocolo da traição”, lembrando que “Anadia continua à espera de uma solução de atendimento 24 horas por dia”. “Só pedimos um médico e um enfermeiro que trabalhem durante a noite, o que sai mais barato do que os carros de serviço dos administradores de algumas empresas públicas que dão prejuízo”, atirou.

 

 

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Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

Ministra pode reabrir Urgência em Anadia

Reuniões entre autarca e tutela continuam, não estando para já definido acordo

Anadia pode recuperar o serviço de Urgências do Hospital José Luciano de Castro, encerradas desde o dia 2 de Janeiro. A garantia é da ministra da Saúde. Ana Jorge sublinhou, em entrevista ao DN e à TSF, que “vai ser mantido o atendimento à doença aguda e às não programadas em Anadia durante o dia”, o que “provavelmente será extensível até às 24 horas”.

Trata-se de um dos casos mais polémicos e emblemáticos, que levou a população anadiense e o autarca local, Litério Marques, à revolta.

“A decisão vai ser tomada entre o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o presidente da Câmara e eu”, disse a ministra da Saúde, acrescentando que esta deverá ser “a mais adequada para Anadia, para que a população não sinta que perdeu algo que é a sua segurança”.

A este propósito lembrou que já teve alguns encontros com Litério Marques, frisando o “clima de grande abertura e diálogo com esta autarquia”.

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Sexta-feira, 21 de Março de 2008

José Manuel Ribeiro entrega requerimento ao Governo

Hospital de Anadia não tem Conselho Consultivo

José Manuel Ribeiro, deputado do PSD à Assembleia da República (AR), eleito pelo círculo de Aveiro, questionou, através de requerimento apresentado à mesa da AR no dia 18, a ministra da Saúde, Ana Jorge, sobre a ausência do despacho de nomeação para o Conselho Consultivo do Hospital José Luciano de Castro de Anadia (HJLCA).

O social-democrata acusa, no documento, que a “não existência do Conselho Consultivo do HJLCA é da inteira e exclusiva responsabilidade do Ministério da Saúde, que ainda não efectuou o respectivo despacho de nomeação”.

Em finais de 2005, o Conselho de Administração do HJLCA oficiou o presidente da Assembleia Municipal de Anadia, função que José Manuel Ribeiro ocupa - já no sentido de constituir o Conselho Consultivo do HJLCA -, para que este órgão municipal informasse qual o vogal que designava, de acordo com o cumprimento da lei.

A eleição do referido vogal ocorreu na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Anadia de 24 de Fevereiro de 2006, sendo eleita representante Jaquelina Santos (deputada do PSD, médica) e tendo o Conselho de Administração do HJLCA “sido informado, por escrito, deste facto”, garante o deputado.

 

Conselho Consultivo não está nomeado

No entanto, até à presente data, José Manuel Ribeiro tomou conhecimento que “o Conselho Consultivo do HJLCA ainda não se encontra nomeado, o que não deixa de ser no mínimo estranho! Ao que parece haveria condições para tal desde finais de Fevereiro de 2006”, acusa.

O deputado social-democrata diz ter também conhecimento que o presidente do Conselho de Administração do HJLCA, José Afonso, apresentou em 30 de Dezembro de 2005, ao “senhor ministro da Saúde em funções à época, uma proposta de presidente e respectivos vogais para o referido Conselho Consultivo”, acrescentando que José Afonso apresentou em 20 de Abril de 2006 a constituição deste órgão consultivo à Administração Regional de Saúde do Centro.

 

“Atitude muito estranha”

José Manuel Ribeiro considera que esta é uma “atitude estranha, muito estranha, especialmente tendo em conta a problemática que envolveu o HJLCA com o inexplicável encerramento do seu serviço de Urgências. Foi, certamente, menos um órgão a emitir um parecer desfavorável”, atira.

Presentes os factos, o deputado anadiense exige agora “o esclarecimento cabal de toda esta situação”. Caso o Governo os confirme, o deputado quer saber porque ainda não procedeu à nomeação do órgão, se está a pensar fazê-lo e quando.

publicado por quiosquedasletras às 10:17

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