Deputado é o segundo convidado do PSD de Anadia para ciclo de conferências
Miguel Frasquilho, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, disse na sexta-feira, dia 5 de Fevereiro, na Curia, concelho de Anadia, que o país está a caminhar para o precipício. O parlamentar referiu que o PSD teve em conta “o interesse do Estado ao viabilizar, pela abstenção, o Orçamento”, mas que o que o PS fez “foi atirar Portugal para uma situação muito complicada”. O deputado à Assembleia da República falava no âmbito da conferência “Orçamento do Estado para 2010 – O corolário de cinco anos perdidos”, promovida pela Comissão Política de Secção (CPS) de Anadia do PSD. José Manuel Ribeiro, presidente da CPS de Anadia do PSD, lembrou que esta seria a terceira conferência de Miguel Frasquilho sobre o Orçamento do Estado para 2010, que tinha passado já pelo Porto e Covilhã, cidades às quais se seguiu Anadia, que integrou “este roteiro de acção política”. Considerado por José Manuel Ribeiro “um dos melhores economistas do país na vida política activa e um valor crescente no PSD”, Miguel Frasquilho regozijou-se por falar para “uma casa cheia”. E começou logo por referir que “o país atravessa um momento particularmente difícil, já há cerca de 10 anos, com o definhamento da nossa economia. Nos últimos cinco anos, o PSD advertiu para os erros da política económica que estava a ser seguida”, acusando o primeiro-ministro José Sócrates de ser “o causador do pior défice de sempre do país”. “No ano de 2004, último de governação PSD/CDS, a dívida pública era de 58,7% e em 2010 vai ser na ordem dos 85,4%. Estamos pior ao nível do rendimento por habitante (nível de vida); do crescimento da economia; do défice externo; do investimento público; da carga fiscal; da taxa de desempego” e de outros tantos indicadores. Miguel Frasquilho considerou que estes dados são “o retrato de uma governação falhada”, dizendo não saber “como quem governou nos últimos anos vai conseguir dar a volta”. Sendo 2009 um ano de crise profunda, com crescimento negativo a nível mundial, Portugal “vai arrancar da crise internacional de forma mais desfavorável. O desemprego poderá estar na casa dos dois dígitos, entre 10 e 11%, números nunca antes atingidos no nosso país”, advertiu. Frasquilho lembrou as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia portuguesa, que “é sempre a descer. Somos o vigésimo pior país, de 27, em termos de nível de vida na União Europeia (UE) e o sexto com maior défice em 2009 e com a quinta maior dívida pública”. Face a esta “situação tão complicada”, se ainda passasse “para fora que o nosso orçamento não seria aprovado, as taxas de juro disparariam”. Desta forma, o deputado disse que com as indicações dadas pelo Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o PSD “teria de viabilizar o Orçamento do Estado, pela abstenção. O Governo praticou uma política totalmente desajustada, com erros gravíssimos cometidos ao longo destes cinco anos”. Frasquilho referiu que não falava da política fiscal do Orçamento do Estado, “porque ela não existe”. Mas lembrou que Portugal tem um esforço fiscal 20% acima da média da UE: “Pagamos impostos a mais. Espanha paga 17% a menos, o que faz com que tenha margem para aumentá-los e o nosso país já não”. O deputado disse que “este orçamento ainda não corta na despesa pública” e defendeu, a título de exemplo, o corte “nos estudos de consultoria”. A sessão terminou com um participado debate, onde a plateia, aberta aos militantes do PSD mas também à sociedade civil, colocou diversas questões a Miguel Frasquilho, que não deixou ninguém sem resposta.
Palace Hotel da Curia recebe mais uma conferência promovida pelo PSD local
Miguel Frasquilho é o próximo convidado da Comissão Política de Secção do PSD de Anadia (PSD/Anadia), para uma conferência subordinada ao tema do Orçamento do Estado para 2010. O evento realizar-se-á no próximo dia 5 de Fevereiro, sexta-feira, pelas 21 horas, no Palace Hotel da Curia, na Curia, freguesia de Tamengos. Miguel Frasquilho é Licenciado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa e Mestre em Teoria Económica pela Universidade Nova de Lisboa. Presentemente é quadro superior do Banco Espírito Santo (BES), onde ocupa as funções de Director-Coordenador do Departamento de Research. Deputado à Assembleia da República é, actualmente, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, com a tutela das áreas orçamental e finanças. Iniciativa “oportuna” De acordo com José Manuel Ribeiro, presidente da Comissão Política de Secção do PSD de Anadia, “esta iniciativa, além de ser de grande importância é especialmente oportuna”. A conferência ocorrerá poucos dias após a entrega do Orçamento do Estado para 2010, pelo Governo na Assembleia da República, e antes do debate na generalidade no Parlamento. “Falamos de um orçamento envolto em especiais circunstâncias, em virtude da existência de um Governo de maioria relativa, que se viu obrigado a negociações com vários partidos da oposição”, sublinhou José Manuel Ribeiro. A iniciativa destina-se aos militantes do PSD, mas está aberta a todos os cidadãos em geral. Ciclo de conferências Miguel Frasquilho é assim o senhor que se segue a Paulo Rangel, o primeiro convidado da Concelhia do PSD de Anadia para o ciclo de conferências que está a ser levado a cabo por esta estrutura. Recorde-se que o eurodeputado esteve em Anadia para dar uma conferência com o tema “Educação, Professores e Alunos”, que encheu a sala do Palace Hotel da Curia onde decorreu a iniciativa, com militantes do PSD, simpatizantes e elementos da sociedade civil em geral, que ouviram atentamente os 50 minutos de intervenção.
Eurodeputado dá conferência sobre Educação na Curia (Anadia)
Paulo Rangel, eurodeputado, esteve em Anadia para dar uma conferência com o tema “Educação, Professores e Alunos”. A sessão, que decorreu no Palace Hotel da Curia - dirigida aos militantes do PSD, mas também aberta a toda a comunidade -, viria a revelar-se numa noite de muitos elogios ao vencedor das eleições europeias, que ouviu o apelo de vários militantes, que encheram por completo a sala, para assumir as rédeas do partido e assim terminar com esta fase conturbada. Foi o próprio José Manuel Ribeiro, presidente da Comissão Política de Secção de Anadia do PSD, que de forma emotiva considerou Paulo Rangel uma “pessoa bastante inteligente e genuína, sendo esta uma qualidade que em política não é normal e um dos políticos portugueses mais respeitados da actualidade”. Também o eurodeputado falou da relação de amizade com José Manuel Ribeiro, seu vice-presidente na bancada do PSD na Assembleia da República, na anterior legislatura. Rangel interveio durante cerca de 50 minutos, começando por dizer que além de se viver uma crise financeira ela também é política, sendo necessário fazer “rupturas”, não só com a política socialista, mas também “com a que em tempos o PSD fez, porque também precisa de rupturas”, afirmou - tal como o fizera a 17 de Dezembro no Instituto Sá Carneiro -, justificando desta forma a escolha do tema para o debate. Um modelo conservador “O PS conduziu a Educação a um estádio verdadeiramente lastimável. Foi-nos vendida a ideia de que o sistema de avaliação de professores era o principal problema e não”, disse Rangel, afirmando ser “crucial uma revolução conservadora na Educação em Portugal”, para colocar o país “no mapa”. Para o eurodeputado, o grande problema reside no “facilitismo do ensino e na falta de rigor e exigência” numa área decisiva para o futuro do país. “Quando temos uma escola facilitista estamos a reproduzir e a ampliar as diferenças sociais”, defendeu. Rangel também entende que é preciso reforçar a autoridade dos professores, “agentes do conhecimento”, porque “a escola está demasiado centrada nos alunos”. Rangel evita falar dos pedidos Seguiu-se o debate, onde o eurodeputado evitou falar dos pedidos feitos pelos militantes presentes para que seja candidato à liderança do PSD. Aos jornalistas contornou a questão, dizendo que “todos sabem que já falei sobre essa matéria. Agora estou apostado, isso sim, em contribuir para o debate de ideias do PSD”. Hernâni Pereira foi o primeiro militante a questionar o deputado ao Parlamento Europeu sobre o futuro do PSD e a sua liderança, provocando-o ao dizer que as coisas a continuarem como estão, “o Dr. Paulo Rangel ou muda de profissão, ou muda de partido ou pega no PSD”. Mas como resposta apenas ouviu do eurodeputado que “em nome do rigor aqui vim apenas para falar de Educação”. Também Lígia Seabra, militante, lembrou que foi naquele local que Sá Carneiro lançou as linhas mestras do PSD, apelando a Rangel para “refundar o partido, que tanto precisa de um líder carismático. O Dr. Paulo Rangel é um sinal de esperança, se comeu as papas Maizena, comeu-as muito bem. Está na altura de ser líder do nosso partido. Não fique com a ideia que é cedo porque quando chegar à altura já pode ser tarde demais”. Mas à semelhança de outros, também ficou sem resposta.
Escolha de Litério Marques ocorreu em “ambiência claramente anti-democrática”
Os presidentes das Comissões Políticas de Secção (CPS) de Anadia do PSD e da JSD, José Manuel Ribeiro e Pedro Esteves, respectivamente, deram a conhecer os motivos que levaram ao silêncio das estruturas a que presidem, sobre o processo autárquico de Anadia. “Por solicitação da presidente do PSD”, Manuela Ferreira Leite, o silêncio dos dois órgãos locais não foi quebrado devido às “duas eleições nacionais - Europeias e Legislativas”, que iriam ter lugar. A declaração à Imprensa, visto não ter havido direito a perguntas, ocorreu no dia 5, na sede do PSD Anadia, e serviu para “desmistificar alguns boatos que circulam na praça pública, que estão longe de corresponder à verdade”, conforme referiu José Manuel Ribeiro. O presidente da CPS de Anadia salientou que “a escolha do actual presidente da Câmara Municipal de Anadia”, Litério Marques, como recandidato, “ocorreu numa ambiência claramente anti-democrática. O processo autárquico foi retirado à CPS de Anadia do PSD”. José Manuel Ribeiro frisou que o processo, “que excluiu as CPS de Anadia do PSD/JSD foi entregue ao candidato à Câmara Municipal de Anadia e à Comissão Permanente Distrital (CPD) de Aveiro do PSD”, lamentando o facto do interlocutor da CPD/PSD Aveiro neste processo “nada ter contribuído para atenuar a crispação e as profundas diferenças entre alguns membros da família social-democrata no concelho de Anadia”. O presidente da CPS de Anadia do PSD acusa o interlocutor de ter provocado “exactamente o efeito contrário”, por ter demonstrado unicamente “uma exacerbada preocupação em colocar uma amiga num lugar elegível” na lista da Câmara Municipal de Anadia, “o que de facto veio a acontecer”, nunca referindo, no entanto, nomes em concreto. Candidato sem aprovação De acordo com José Ribeiro, o candidato à Câmara de Anadia, Litério Marques, não foi aprovado pelo órgão distrital - Comissão Política Distrital Alargada de Aveiro do PSD -, “tendo sido o único candidato a uma Câmara Municipal, dos mais de 300 em todo o país, a não ser sujeito a aprovação, pelo respectivo órgão distrital”, sendo homologado pela Comissão Política Nacional do PSD e “tendo sido o único candidato, dos mais de 300 em todo o país, a não recolher o voto unânime neste órgão político”. Mesmo discordando desta decisão, as CPS de Anadia do PSD/JSD respeitaram-na e apesar de todas as “vicissitudes” esperam que “no próximo acto eleitoral autárquico o PSD atinja um resultado similar aos anteriormente conseguidos”. Refira-se que tanto nas Europeias como nas Legislativas, o PSD no concelho de Anadia “obteve vitórias claras e robustas”, o que “demonstra bem a força consolidada que o partido tem no nosso município”, deixando o seu principal adversário - o PS - a cerca de 26 pontos percentuais nas Europeias e 18% nas Legislativas.
Distrital de Aveiro descontente com a escolha
Couto dos Santos, ex-ministro da Educação de Cavaco Silva, vai encabeçar a lista de candidatos a deputados do PSD por Aveiro à Assembleia da República nas eleições legislativas de 27 de Setembro. Segue-se Ulisses Pereira, ex-chefe de gabinete do antigo ministro Henrique Chaves e presidente da Concelhia de Aveiro do PSD.
De acordo com fonte social-democrata, a escolha do cabeça de lista não agradou à Distrital aveirense e o presidente, António Topa, poderá mesmo ponderar a sua demissão.
Também Ribau Esteves, ex-secretário geral do PSD, afirmou tratar-se de uma escolha “infeliz e errada”, por Couto dos Santos “não ter nada a ver” com o distrito de Aveiro. O também presidente da Câmara Municipal de Ílhavo lamentou ainda a “limpeza feita àquele que foi considerado um dos melhores deputados do grupo parlamentar do PSD nesta legislatura”, referindo-se a Luís Montenegro.
Ribau Esteves deu também nota negativa ao facto de não haver candidatos com menos de 30 anos entre os 10 primeiros lugares da lista. Mas rematou: “Não há escolhas de candidatos a deputados perfeitas. Esta é a opção do partido. Mesmo com 40% de votos contra, houve 60% de votos a favor e, portanto, ganha a maioria”.
Deputado anadiense José Manuel Ribeiro em oitavo lugar
Além de Couto dos Santos, a lista de candidatos a deputados do PSD por Aveiro inclui, por esta ordem, os nomes de Ulisses Pereira (Aveiro), Paula Cardoso (Águeda), Amadeu Albergaria (Santa Maria da Feira), Paulo Cavaleiro (São João da Madeira), Carla Rodrigues (Oliveira de Azeméis), Luís Montenegro (Espinho), José Manuel Ribeiro (Anadia), Dora Ramos (Vagos) e André Almeida (Arouca), entre outros.
Deputado José Manuel Ribeiro denuncia problema através de requerimento dirigido a Rui Pereira
As instalações da GNR de Anadia, que inauguraram como prisão, sendo posteriormente adaptadas ao actual posto, têm “condições muito deficitárias”. Quem o diz é José Manuel Ribeiro, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República (AR), que denunciou a situação através de um requerimento dirigido ao Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, entregue na Mesa no dia 25 de Junho. De acordo com dados recolhidos pelo deputado, o edifício terá sido inaugurado em 1970, originalmente como prisão, onde funcionou até 1974, sendo depois transformado no actual posto da GNR de Anadia. “Problemas ao nível da rede eléctrica e de canalização, infiltrações e humidades e tectos falsos a ameaçar ruína, são alguns dos muitos problemas identificados”, pode ler-se no documento entregue pelo parlamentar na Mesa da AR. “No início do ano de 2008 efectuaram-se alterações e algumas obras nas instalações, autorizadas pela extinta Brigada Territorial n.º 5. Alterações positivas mas ainda assim insuficientes”, acrescenta. O rés-do-chão ficou destinado ao Posto Territorial e o andar superior, que antes servia de habitação ao comandante do posto, passou a ser ocupado pelo Destacamento Territorial. Instalações que José Ribeiro considera albergarem importantes órgãos territoriais da GNR, destacando a Equipa de Protecção da Natureza e do Ambiente (EPNA) e o Núcleo da Escola Segura (NES). “A verdade é que estes dois indispensáveis órgãos continuam a trabalhar em condições exíguas e nada ideais. Por outro lado, o Núcleo de Investigação Criminal (NIC), outro departamento fundamental da GNR, também trabalha em condições longe do ideal”, denúncia. Alojamento é “surreal” José Ribeiro vai mais longe: “O que antes eram celas para os prisioneiros, hoje em dia são ‘quartos’ para os soldados. Na verdade, as celas tornaram-se quartos para os soldados sem qualquer obra profunda de adaptação para esse efeito. O caricato da situação é tal que a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) impede que as celas sejam utilizadas para prender os criminosos, por falta de condições, mas já servem para os soldados descansarem e viverem, ficando quatro elementos por cada ‘quarto’. É surreal”. Também a cozinha e a zona de lazer/convívio foram alvo de observação do deputado, que classificou os espaços como “terceiro-mundistas”. José Ribeiro considera que “a mera feitura de obras nas actuais instalações já não solucionará os problemas existentes, tudo indicando que tal só será ultrapassado com novas instalações construídas de raiz”. Assim, o deputado pretende saber se o Governo tem conhecimento das condições muito deficitárias das instalações da GNR de Anadia e como se propõe solucionar “este grave problema”. E se vão ser feitas obras ou se será construído novo edifício.
PSD de Anadia reitera nome de José Manuel Ribeiro para candidato à Câmara Municipal de Anadia
José Manuel Ribeiro, presidente da Comissão Política de Secção (CPS) de Anadia do PSD, transmitiu na segunda-feira, 30 de Março, aos jornalistas, que o órgão a que preside decidiu “reiterar que o seu candidato a presidente da Câmara Municipal de Anadia é o companheiro José Manuel Ribeiro, esperando que lhe seja prestada a consideração e tratamento que merece como homem, cidadão e figura exemplar no nosso panorama partidário, onde, infelizmente, parece que alguns estão com dificuldade em ser capazes de olhar além do seu umbigo, antes à mercê de interesses nada transparentes e contrários ao bom serviço da causa pública, pelo qual deviam primar a sua actuação”. Foi no dia 27 de Março que a CPS de Anadia do PSD veio tomar uma posição perante a Comissão Política Distrital (CPD) de Aveiro do PSD, no seguimento do “acidente ocorrido na reunião alargada deste órgão, realizada em 2 de Março, em que não foi aprovada a proposta de candidatura à presidência da Câmara Municipal de Anadia, apresentada por esta secção”, conforme explicou José Manuel Ribeiro durante a conferência de Imprensa. A CPS de Anadia do PSD reuniu para “analisar serenamente este assunto e não pode deixar de demonstrar a sua indignação e o seu veemente protesto pelo sucedido na referida reunião”, atirou o presidente do órgão, acrescentando que foi de “forma inédita” que a proposta da secção de Anadia não foi aprovada, “sem que para tal tenha havido qualquer fundamentação que legitime essa não aprovação. Uma atitude que consideramos, além de profundo desrespeito pelas decisões dos órgãos próprios, uma afronta aos militantes desta secção”. “Estranho e ilegítimo” José Manuel Ribeiro, lembrando que o seu nome foi aprovado por unanimidade pela CPS de Anadia do PSD e os esmagadores resultados obtidos na Assembleia de Secção, que aprovaram o seu nome com uma margem de 94%, diz ser “estranho e ilegítimo o comportamento daqueles que, sem fundamento, se considerem no direito de poder escolher ou eliminar um candidato, querendo ter para si competências que bem sabem só pertencem à própria secção, interferindo e obstaculizando um projecto político de sucesso”. Esta atitude, para José Ribeiro, veio abrir um “grave precedente, quebrando-se a confiança política entre pessoas e órgãos, desconsiderando e ofendendo aqueles que foram legitimamente eleitos, criando fracturas desnecessárias e provocando instabilidade orgânica sem precedentes”. O presidente da Concelhia do PSD de Anadia, sempre duro nas palavras, disse que não se pode recusar uma pessoa “porque não se gosta dela, porque não se gosta do seu percurso político-partidário distrital ou porque se está a cumprir ordens de alguém”. Por tudo isto, a CPS de Anadia do PSD vai voltar a propor o nome de José Ribeiro para candidato do partido à Câmara Municipal de Anadia.
Chumbo de José Manuel Ribeiro é uma “decisão sem legitimidade”
Lígia Filipe Seabra, cabeça de lista dos Delegados da Secção de Anadia à Assembleia Distrital de Aveiro do PSD, considera que a votação realizada pela Comissão Política Distrital (CPD) do PSD de Aveiro, que veio reprovar o nome de José Manuel Ribeiro como candidato à Câmara Municipal de Anadia pelo PSD, foi “abusiva, sem qualquer fundamento, sendo por isso uma decisão sem qualquer legitimidade”. Foi em conferência de Imprensa, realizada no dia 23, na sede do PSD de Anadia, que Lígia Seabra tornava pública a comunicação feita numa reunião ordinária da Assembleia Distrital do PSD de Aveiro, a 6 de Março último, dando assim a conhecer a “indignação” do grupo dos 15 delegados de Anadia, relativamente à votação que reprovou o nome de José Manuel Ribeiro como candidato à autarquia anadiense. Recorde-se que o chumbo ocorreu numa reunião da CPD alargada do PSD de Aveiro, no dia 2 de Março, “onde não foi tida em conta a opção dos órgãos concelhios”, como referiu a delegada. “Esta situação não é mais do que um abuso de direito, tornando-se ilegítima. O resultado da votação é uma interpretação distorcida dos estatutos do próprio partido. Foi uma decisão tomada sem qualquer fundamento, sem o intuito para o qual a norma foi criada”, disse Lígia Seabra aos jornalistas, sublinhando que o direito “não é dado para chumbar qualquer nome, não sendo esse o sentido da norma”. Falta de transparência A delegada lembrou ainda que o nome de José Manuel Ribeiro foi apontado num relatório da CPD do PSD de Aveiro “como um exemplo a seguir”, não sendo compreensível a falta de apresentação de “qualquer fundamentação para o nome ter sido reprovado”. A delegada frisou que os militantes do concelho de Anadia sempre estiveram e estão “unidos de maneira a dar ao concelho uma maioria política que sustente o exercício do poder camarário”. Contudo, lamentam a “falta de actuação transparente e de certas pessoas e órgãos que deram guarida a quem se apresenta aos jornais e não manifesta qualquer intenção de se candidatar nos órgãos próprios do partido, seja na anterior Comissão Política Concelhia, seja na actual, seja no plenário de Assembleia de Secção convocado para o efeito, onde esteve presente e não se apresentou como tal”, disse Lígia Seabra, referindo-se a Litério Marques, actual presidente da Câmara Municipal de Anadia. A porta-voz dos 15 delegados da secção de Anadia à Assembleia Distrital de Aveiro afiançou que ao actuar desta forma se quebra a “confiança política pela qual devia primar a sua actuação, desrespeitando órgãos eleitos, não ajudando a que esta selecção se faça em articulação entre as estruturas concelhias, sem gerar os consensos necessários à estabilidade do partido, num concelho onde sempre ganhou com maiorias”. Interpretação “distorcida” dos estatutos do PSD Lígia Seabra considera que em vez disto foi feita uma “interpretação distorcida e grosseira dos estatutos”, como se as competências que lhe estão “atribuídas possam servir para chumbar um candidato que pelos próprios é apresentado como figura exemplar e de destaque no nosso panorama distrital e nacional”. A porta-voz lembrou ainda ter conhecimento de que José Manuel Ribeiro não sofre de “qualquer tipo de inibição que o impeça do exercício de cargos públicos. Antes constitui uma mais-valia na renovação dos cargos autárquicos” e tem o perfil “pessoal e político definido nos princípios orientadores do partido”, assim como a “coragem política para aceitar estar ao serviço da causa pública e do partido”. A delegada disse ser essencial reforçar as condições de “renovação política da democracia no concelho de Anadia, que necessita de sair do desafogo ‘autoritátio’ em que tem estado mergulhado”. Insistir no nome de José Manuel Ribeiro Lígia Seabra rematou dizendo que a Comissão Política de Secção do PSD de Anadia “deve insistir no mesmo nome” - José Manuel Ribeiro -, para candidato do partido à autarquia, visto ter-se iniciado “um novo ciclo de renovação em Anadia”.
JSD de Anadia acredita que Distrital pode ter cometido erro
Pedro Esteves, presidente da JSD de Anadia, volvida uma semana após a reunião da Comissão Política Distrital (CPD) alargada do PSD de Aveiro - que reprovou a candidatura de José Manuel Ribeiro à Câmara Municipal de Anadia -, diz ser convicção do órgão que lidera “que a Distrital cometeu um erro grave que terá consequências nefastas”. Em declaração à Imprensa, enviada a todos os órgãos de comunicação social depois do plenário de militantes, que decorreu a 30 de Janeiro passado, a JSD de Anadia veio tomar posição, publicamente, na guerra interna que opunha José Manuel Ribeiro - candidato indicado pela Comissão Política de Secção (CPS) do PSD de Anadia, candidatura agora reprovada - e Litério Marques - actual presidente da Câmara de Anadia -, que disse sempre ter aceite o convite para se recandidatar nas próximas autárquicas, agarrando-se às orientações da Nacional. A JSD local afirmou na altura estar do lado de José Manuel Ribeiro e assegurou “repugnar” todas as candidaturas “que assentem em propósitos marginais”. Questionado sobre a reprovação da CPD do PSD de Aveiro à candidatura de José Ribeiro, Pedro Esteves disse que “a JSD encara esta decisão como sempre encarou todas as decisões vindas dos órgãos do partido: com serenidade”. Contudo, o líder da Jota local diz esperar que esta decisão seja algo mais do que um “um chumbo à pessoa José Manuel Ribeiro e dela resulte uma alternativa capaz de respeitar a vontade e o desejo dos militantes da concelhia na inovação e ambição para um projecto autárquico local capaz de responder aos anseios do século XXI”. Mas Pedro Esteves vai mais longe: “O chumbo é infundado e grave. As bases do partido para a JSD jamais serão apenas um slogan eleitoralista”, afirmando que não podem ser as “ditas elites sentadas noutro ponto do país que não Anadia a ditar qual o futuro a que os anadienses têm direito”. “O momento é de mudança” O líder da JSD de Anadia garantiu estar a aguardar, com “expectativa”, a justificação política da decisão tomada pela Distrital. Mas recordou que os militantes de Anadia, “de forma esmagadora, querem José Manuel Ribeiro. Pensamos ser também esta a vontade da população. O momento é de mudança e não havendo questões pessoais por detrás desta decisão, cabe à Distrital, e urgentemente, indicar qual a solução e o projecto político que defende para Anadia e quais as razões que levaram a que a decisão tomada pelos militantes do concelho alegadamente não servir”. “É nossa convicção que a Distrital cometeu um erro grave que terá consequências no nosso concelho”, rematou. JSD de Anadia reafirma não abdicar das suas ideias Questionado sobre se a decisão da Distrital do PSD de Aveiro muda a posição da JSD Anadia face ao candidato à Câmara, Pedro Esteves é peremptório, referindo que “mais do que por pessoas, a JSD tem lutado por ideias articuladas num programa. Continuamos a acreditar que José Ribeiro é o candidato ideal para trazer a Anadia o século XXI. Quem acha o contrário tem o dever de justificar aos militantes quem melhor poderá cumprir este desígnio e justificá-lo devidamente, o que não nos parece fácil”. O presidente da JSD local não acredita que o partido possa ser fragilizado, ao nível local, por ser “suficientemente dinâmico e rico para acolher todos os debates de ideias. A JSD de Anadia mobiliza projectos e ideias, não pastoreia rebanhos”. Caso seja Litério Marques o candidato à autarquia, Pedro Esteves apenas disse: “Não vamos abdicar das nossas ideias. Vamos continuar a insistir na necessidade de debater e propor um novo futuro para Anadia”.
José Manuel Ribeiro reprovado pela Distrital do PSD
A Comissão Política Distrital (CPD) do PSD de Aveiro reprovou na noite do dia 2 a candidatura de José Manuel Ribeiro à Câmara Municipal de Anadia. A recandidatura de Litério Marques, actual presidente da autarquia anadiense, pode ganhar agora uma nova força com esta decisão. Na reunião, da CPD do PSD de Aveiro alargada, que teve lugar na sede do PSD Mealhada, no que diz respeito à votação da candidatura apresentada pela Comissão Política de Secção (CPS) do PSD de Anadia, da qual José Manuel Ribeiro é presidente, foram registados 16 votos contra, 12 a favor e três votos em branco. O nome de Litério Marques não chegou a ser votado, porque apenas a proposta da CPS de Anadia foi à mesa, e esta indicava o nome de José Ribeiro para candidato. Contudo, a recandidatura de Litério Marques pode vir a ser uma realidade, sendo que a votação alcançada na noite do dia 2 pode representar um sinal de claro apoio da Distrital ao actual autarca. Polémica de Anadia pode ficar assim sanada Após o último plenário de militantes, que decorreu a 30 de Janeiro, José Manuel Ribeiro deu a conhecer a vontade da CPS de Anadia, que votou, por unanimidade, o seu nome para candidato do partido à Câmara Municipal. Contudo, já era conhecida, há meses, a vontade de Litério Marques em voltar a candidatar-se para fazer o quarto e último mandato à frente da Câmara Municipal de Anadia. O autarca chegou mesmo a equacionar, na conferência de Imprensa onde fez o anúncio, ser candidato “com ou sem PSD”. Mas José Manuel Ribeiro viria a ser o candidato escolhido pelos militantes do PSD de Anadia para encabeçar a lista do partido às próximas eleições autárquicas. Prova disso mesmo foi a esmagadora votação (secreta) a seu favor, na qual participaram 144 militantes. O seu nome foi escolhido por 136 votos a favor, quatro votos contra e quatro votos em branco. A acesa polémica entre José Ribeiro e Litério Marques (que à data abandonou a meio o plenário de militantes sem fazer qualquer intervenção) estalou logo de seguida. Mas agora, com a reprovação de José Ribeiro, a CPS que preside terá de tomar uma posição, que pode passar pela indicação de outro nome ou insistir no mesmo. O Quiosque das Letras contactou José Manuel Ribeiro, que no entanto preferiu não comentar o sucedido. Também foram contactados Litério Marques e António Topa (presidente da CPD do PSD de Aveiro). Mas foi impossível obter reacções de ambos. Reunião da Distrital do PSD vota cinco candidaturas A reunião do dia 2 de Março da CPD do PSD de Aveiro alargada serviu para votar cinco candidaturas, apresentadas pelas Comissões Políticas de Secção de Águeda, Anadia, Albergaria-a-Velha, Mealhada e Castelo de Paiva. Apenas a candidatura de Anadia, que apresentava o deputado na Assembleia da República e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, José Manuel Ribeiro, foi reprovada pela estrutura Distrital. No caso de Águeda, a CPD aprovou Castro Azevedo, que aliás já desempenhou as funções de presidente da autarquia durante oito anos. Para Albergaria-a-Velha foi aprovada a recandidatura de João Agostinho. O mesmo aconteceu com Castelo de Paiva, que vai voltar a concorrer à Câmara Municipal com o mesmo candidato, Paulo Teixeira (actual presidente).
Relativamente à Mealhada, o candidato pelo PSD aprovado é César Carvalheira - que vai assim tentar destronar o bastião socialista -, conseguindo obter 31 votos favoráveis e nenhum contra na última segunda-feira. (Foto: Eduardo Pina)
Rede SAPO Local
Águeda
Junta de Freguesia de Aguada de Cima
Junta de Freguesia de Belazaima do Chão
Junta de Freguesia da Borralha
Junta de Freguesia de Espinhel
Junta de Freguesia de Macinhata do Vouga
Junta de Freguesia de Valongo do Vouga
Grupo Folclórico e Etnográfico de Recardães - GFER
Grupo Folclórico da Região do Vouga
Anadia
Biblioteca Municipal de Anadia
Junta de Freguesia de Avelãs de Caminho
Adega Cooperativa de Vilarinho do Bairro
Comissão Vitivinícola da Bairrada
Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada
WRC - Web para a Região Centro
Aveiro
Biblioteca Municipal de Aveiro
Junta de Freguesia de Esgueira
Centro Cultural e de Congressos de Aveiro
Mealhada
Biblioteca Municipal da Mealhada
Associação de Amigos para a Defesa de Luso e Buçaco
Associação de Carnaval da Bairrada
Oliveira do Bairro
Câmara Municipal de Oliveira do Bairro
Junta de Freguesia de Oliveira do Bairro
Escolas Concelhias do Ensino Básico - EB1
Escola Secundária de Oliveira do Bairro
Associação Comercial e Industrial da Bairrada - ACIB
Associação de Pais da Escola EB 2/3 de Oliveira do Bairro - APECEBOL
Associação dos Amigos de Perrães - AMPER
Associação de Solidariedade Social do Silveiro - SOLSIL
Cooperativa Agrícola dos Lavradores do Concelho de Oliveira do Bairro - CALCOB