Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010

Recortes de jornais desde a década de 40 em exposição até Setembro em Anadia

Museu José Luciano de Castro recebe mais de 50 mil recortes que retratam as gentes da terra

O resultado de mais de 65 anos a recortar notícias de jornais pode agora ser visto e analisado na sala de exposições temporárias do Museu José Luciano de Castro, situado no Palacete Seabra de Castro, em Anadia. “Recortes de História” é a exposição que inaugurou no último sábado, dia 20 e que retrata a dedicação de João Venâncio Marques, autor, às gentes de Anadia.

São mais de 50 mil os recortes compilados por João Marques, todos eles agrupados em dossiês e organizados por temas, sejam eles personalidades ou instituições de Anadia, do concelho e até da Bairrada.

Nuno Rosmaninho, docente do Departamento de Línguas e Cultura da Universidade de Aveiro (UA), responsável pela apresentação da exposição, assinalou o momento como sendo “de grande importância para os estudos locais de Anadia e não só”.

O professor da cadeira de Cultura e Património na UA falaria sobre três circunstâncias: da exposição, do homem e da obra em si. Também Rui Rosmaninho recorreu, em Dezembro de 1990, à ajuda de João Venâncio Marques, que “disponibilizou, com muita simplicidade, a documentação de que já dispunha, em significativa quantidade”.

O docente referiu que os recortes de João Marques são “um acervo que é uma verdadeira enciclopédia de Anadia e da Bairrada”. E referindo-se à revista Aqua Nativa, onde escreve, lembrou que daquilo que se publica “há sempre algo de útil no arquivo de João Marques. Quer documentos, quer fontes”.

 

Um “verdadeiro banquete”

Para Rui Rosmaninho, “Recortes de História” é um “verdadeiro banquete deste século, sobretudo para quem gosta de História Local. É uma revisitação quase faustosa do passado”.

Os recortes estão organizados em pastas sobre o Ensino Primário, o Colégio Nacional, Lions, o Café Anadia, o Teatro. Existe também uma quantidade inúmera de pastas dedicadas a figuras, das mais remotas às mais recentes, como Fausto Sampaio, Mário Pato, Rodrigo Rodrigues dos Santos ou Manuela Alves.

Os recortes de João Marques, para Rui Rosmaninho, têm uma grande importância do ponto de vista científico e pedagógico: “Por restabelecer o contacto com a História Local, é por isso uma exposição que deve interessar a escolas, por ter muitos trabalhos de índole pedagógica”.

O professor da UA disse que o espólio deve ser preservado conforme foi entregue pelo autor, podendo somar-se mais recortes. “Não vi em todas as pastas a dos escritos do senhor João Marques. É um trabalho de grande interesse, que não vi, mas que também deve estar”, sublinhou Nuno Rosmaninho.

 

Espólio vai ser digitalizado

O local onde o espólio foi colocado “é o natural. É um óptimo local, de serviço à comunidade e um lugar de cultura e grande importância”, afirmou Rosmaninho, congratulando-se com o facto de o espólio ser futuramente digitalizado, “o que vai constituir uma alavanca em termos de divulgação, porque a sua capacidade de multiplicação pedagógica e científica aumenta muito”.

Rui Rosmaninho terminou convidando João Marques a “não parar”. E foi a esposa, Angelina Pina, que rapidamente disse que não deixava.

Carlos Matos, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Anadia, lembrou que a exposição “é uma pequeníssima parte do que João Marques tem feito e doou à instituição”, agradecendo publicamente por isso. Litério Marques, presidente da Câmara de Anadia, classificou a mostra como “um trabalho fantástico”.

João Venâncio Marques, emocionado, agradeceu à esposa e referiu-se àquele como “um dos grandes momentos da minha vida”.

 

 

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Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2010

Rota da Lampreia e da Vitela em jantar no Museu do Vinho Bairrada em Anadia

Inscrições para iniciativa eno-gastronómica terminam amanhã

Realiza-se no dia 2 de Março, próxima terça-feira, pelas 20.30 horas, no Museu do Vinho Bairrada, na cidade de Anadia, mais um jantar temático, onde a gastronomia de outras regiões e os vinhos de excelência da Região Demarcada da Bairrada voltam a cruzar-se, num jantar que vai contar com a animação de fados.

Este é o primeiro jantar promovido pela Câmara Municipal de Sever do Vouga, com a colaboração dos municípios de Vouzela e de Anadia, sendo o principal objectivo divulgar o Festival da Lampreia e da Vitela, que se realiza na vila severense de 5 a 14 de Março.

Para além da lampreia, servida à bordalesa ou com o tradicional arroz, os “comensais” presentes podem optar, caso não apreciem este peixe, pelo prato de vitela assada à moda de Sever, com o famoso arroz de forno.

Para sobremesa a autarquia de Sever do Vouga vai servir mirtilo, em doce e gelado, enquanto a autarquia de Vouzela irá apresentar a sua doçaria, com especial destaque para os estaladiços e cremosos pastéis de Vouzela, uma iguaria de grande qualidade, que encerra o “festim” desta viagem gastronómica.

 

Inscrições para o jantar

Todos os interessados em participar no jantar eno-gastronómico podem inscrever-se directamente no Museu do Vinho Bairrada, até ao próximo dia 26 de Fevereiro, amanhã, ou pelo telefone 231 519 785.

O valor da inscrição para esta noite de iguarias é de 25 euros, sendo que a sala terá o limite de 50 lugares.

 

Festa da Lampreia e da Vitela

A edição de 2010 da já tradicional Festa da Lampreia e da Vitela vai realizar-se entre os dias 5 e 14 de Março, como já foi referido.

Trata-se de uma iniciativa com mais de uma década e que tem como principais objectivos promover a variada e apreciada gastronomia local e proporcionar a degustação, especialmente, de dois dos produtos mais conhecidos, a lampreia e a vitela, que dão o nome ao evento, que conta com a organização da Câmara Municipal de Sever do Vouga.

A lampreia é uma iguaria de carácter sazonal, servida de Janeiro a Abril. A vitela é degustada de forma tradicional, assada em forno a lenha. Pela superior qualidade e requintado paladar de ambos os pratos, é difícil optar por um deles.

Serão vários os restaurantes locais que mais uma vez vão aderir à Rota da Lampreia e da Vitela.

 

 

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Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2010

Câmara Municipal de Anadia inicia obras na Rua Sampaio Faustino

Regeneração urbana termina com as queixas dos moradores

Já desde algum tempo que chegavam à Câmara Municipal de Anadia diversas petições dos moradores, proprietários das lojas e até dos munícipes em geral que utilizam o espaço junto aos prédios da Rua Sampaio Faustino, no centro de Anadia. Estas queixas manifestavam o desagrado pelo deficiente estado de conservação nos acessos ao referido prédio, que levou a Câmara Municipal de Anadia a iniciar, nos últimos dias, uma primeira intervenção junto àqueles edifícios.

Contudo, Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia, esclareceu que “num processo de licenciamento mais recente, caberia aos condóminos procederem às obras de beneficiação nos espaços de logradouros”. Trata-se, pois, de um processo de licenciamento mais antigo e que face ao estado de degradação dos espaços, a autarquia não poderia ficar alheia.

 

Vários estudos em elaboração

“É no âmbito da Regeneração do Centro Urbano da Cidade, que temos em elaboração vários estudos e que gradualmente iremos colocar em prática”, explicou Litério Marques, em comunicado enviado à Imprensa.

No caso em concreto, pretende a Câmara Municipal fazer uma remodelação dos pavimentos, melhorar as acessibilidades, as infra-estruturas eléctricas, colocação de novos postes de iluminação, enquadrar a localização dos contentores de resíduos sólidos urbanos e de um ecoponto, bem como a colocação de mobiliário urbano e a remodelação da zona ajardinada.

 

Obras já em execução

Trata-se de uma obra que já está a ser executada por Administração directa, tendo em conta que “temos os meios necessários para a executar e que requer alguma assistência por parte de várias entidades que dispõem de infra-estruturas nos locais e que por vezes obrigam a alguns ajustamentos em obra do traçado inicial do projecto”, referiu o autarca.

As obras a realizar no âmbito da regeneração incluem também a reformulação da rede viária, do Largo Costa Almeida/Rua dos Olivais/Alameda Poeta Cavador, com a redefinição dos passeios, dos separadores centrais, a recolocação dos postes de iluminação pública e a sinalização vertical e horizontal.

Segundo Litério Marques, “outras intervenções se seguirão, das quais a seu tempo daremos conhecimento”.

 

Comerciantes satisfeitos

Recorde-se que já em Julho de 2008, os comerciantes diziam sentir-se abandonados pelas entidades locais. Há anos que o jardim em frente aos seus estabelecimentos comerciais se assemelhava em tudo com um “matagal”, palavra que usavam para o classificar. Assim como “abandono”, outra das palavras que mais saía da boca dos comerciantes e dos moradores locais.

Além do mau aspecto do jardim, o piso, que era instável, atirava para o chão muitas crianças e idosos.

A requalificação “tardou em concretizar-se, mas finalmente chegou”, dizem, satisfeitos com a actuação da autarquia anadiense.

 

 

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Candidaturas ao Fundo Social de Anadia podem ser apresentadas

Regulamento já aprovado em reunião do Executivo camarário

A Câmara Municipal de Anadia assume a promoção do Fundo Social - “Por uma causa social!” - como um contributo para a melhoria das condições de vida dos seus munícipes.

Desta forma, a autarquia implementa medidas de apoio às famílias do Município de Anadia mais afectadas pela actual crise económica. Os agregados familiares podem apresentar a candidatura à Câmara Municipal de Anadia, tendo em conta as condições de acesso e as demais disposições que constam no Regulamento do Fundo Social, já aprovado em reunião do Executivo camarário.

A candidatura deverá ser apresentada no Gabinete da Rede Social, que fica situado no Centro Cultural de Anadia.

No referido regulamento pode ler-se que é pretensão do Município de Anadia implementar medidas de apoio aos estratos sociais mais afectados pela crise provocada pela actual situação económica, financeira e social, sendo o documento o instrumento que permitirá a materialização desta intenção.

Foi considerado ponto de partida uma actividade cultural do concelho - a Feira da Vinha e do Vinho 2009 - para a criação do Fundo Social, em benefício dos cidadãos mais carenciados. Para ser possível a atribuição do apoio económico é necessário residir no concelho de Anadia, ter mais de 18 anos, não ser beneficiário de outros apoios para os mesmos fins e estar em situação de comprovada carência económica.

 

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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010

“Recortes de História” inaugura no sábado

João Venâncio Marques doa espólio com milhares de notícias recortadas à Misericórdia de Anadia

No próximo sábado, dia 20 de Fevereiro, vai inaugurar, numa das salas do Museu José Luciano de Castro - Palacete Seabra de Castro, em Anadia, pelas 15 horas, a exposição “Recortes de História”, da autoria de João Venâncio Marques.

O autor, natural da cidade de Anadia, com 77 anos de idade vai expor no referido espaço museológico, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Anadia (SCMA), a sua colecção particular com alguns dos mais significativos “Recortes de História”, retirados de jornais, que colecciona.

Possuidor de um arquivo de documentos jornalísticos, que foi reunindo ao longo dos anos e que reflectem a história e memória colectiva, no fundo o passado de Anadia e de pessoas do concelho, João Venâncio Marques vem agora dar a conhecer à população essas “relíquias” que tanto estima.

“Trata-se de um espólio de alta importância, dedicado a um espaço, que marca uma actividade cultural, a riqueza de um património, que dá a conhecer uma grande parte da minha vida”, explicou o autor.

E foi com apenas 11 anos que João Venâncio Marques iniciou esta actividade de coleccionador de recortes de jornais, sem “destino definido, mas já com a veia de ‘esfrangalhar’ jornais”, admite. E estes recortes dizem todos respeito a “tudo aquilo que fosse alusivo a Anadia e à Bairrada e suas gentes, não colocando de parte outras notícias que achasse de interesse”.

É no seio destes princípios que instituições como a SCMA, a Banda de Música, Bombeiros Voluntários de Anadia, Anadia Futebol Clube, APPACDM entre outras, mas também individualidades como Fausto Sampaio, Rodrigues Lapa, Manuel Alves, o ex-treinador do Benfica Toni, o “Fernandito” (Fernando Pina) do Anadia ou José Iglésias ganham personalidade nos recortes, indo ao encontro dos objectivos do autor.

Um trabalho considerado “digno e enriquecedor”, apreciado e valorizado por muitos alunos, “alguns deles em carteira universitária, mas também por historiadores, sendo alguns de renome e que consideram este um serviço extraordinário e de grande utilidade”, afiançou João Venâncio Marques.

Há mais de 65 anos que o autor desenvolve esta actividade, “permanentemente e de forma inesgotável”, sobre um tema “que não tem fim”. A entrega do espólio, devidamente legalizado, à SCMA é fruto de um anseio pela abertura e colaboração “nunca negada pela instituição”, que se alia à Biblioteca José Luciano de Castro.

 

 

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Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

Miguel Frasquilho veio à Curia falar do Orçamento do Estado para 2010

Deputado é o segundo convidado do PSD de Anadia para ciclo de conferências

Miguel Frasquilho, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, disse na sexta-feira, dia 5 de Fevereiro, na Curia, concelho de Anadia, que o país está a caminhar para o precipício. O parlamentar referiu que o PSD teve em conta “o interesse do Estado ao viabilizar, pela abstenção, o Orçamento”, mas que o que o PS fez “foi atirar Portugal para uma situação muito complicada”.

O deputado à Assembleia da República falava no âmbito da conferência “Orçamento do Estado para 2010 – O corolário de cinco anos perdidos”, promovida pela Comissão Política de Secção (CPS) de Anadia do PSD.

José Manuel Ribeiro, presidente da CPS de Anadia do PSD, lembrou que esta seria a terceira conferência de Miguel Frasquilho sobre o Orçamento do Estado para 2010, que tinha passado já pelo Porto e Covilhã, cidades às quais se seguiu Anadia, que integrou “este roteiro de acção política”.

Considerado por José Manuel Ribeiro “um dos melhores economistas do país na vida política activa e um valor crescente no PSD”, Miguel Frasquilho regozijou-se por falar para “uma casa cheia”. E começou logo por referir que “o país atravessa um momento particularmente difícil, já há cerca de 10 anos, com o definhamento da nossa economia. Nos últimos cinco anos, o PSD advertiu para os erros da política económica que estava a ser seguida”, acusando o primeiro-ministro José Sócrates de ser “o causador do pior défice de sempre do país”.

“No ano de 2004, último de governação PSD/CDS, a dívida pública era de 58,7% e em 2010 vai ser na ordem dos 85,4%. Estamos pior ao nível do rendimento por habitante (nível de vida); do crescimento da economia; do défice externo; do investimento público; da carga fiscal; da taxa de desempego” e de outros tantos indicadores. Miguel Frasquilho considerou que estes dados são “o retrato de uma governação falhada”, dizendo não saber “como quem governou nos últimos anos vai conseguir dar a volta”.

Sendo 2009 um ano de crise profunda, com crescimento negativo a nível mundial, Portugal “vai arrancar da crise internacional de forma mais desfavorável. O desemprego poderá estar na casa dos dois dígitos, entre 10 e 11%, números nunca antes atingidos no nosso país”, advertiu.

Frasquilho lembrou as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia portuguesa, que “é sempre a descer. Somos o vigésimo pior país, de 27, em termos de nível de vida na União Europeia (UE) e o sexto com maior défice em 2009 e com a quinta maior dívida pública”. Face a esta “situação tão complicada”, se ainda passasse “para fora que o nosso orçamento não seria aprovado, as taxas de juro disparariam”.

Desta forma, o deputado disse que com as indicações dadas pelo Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o PSD “teria de viabilizar o Orçamento do Estado, pela abstenção. O Governo praticou uma política totalmente desajustada, com erros gravíssimos cometidos ao longo destes cinco anos”.

Frasquilho referiu que não falava da política fiscal do Orçamento do Estado, “porque ela não existe”. Mas lembrou que Portugal tem um esforço fiscal 20% acima da média da UE: “Pagamos impostos a mais. Espanha paga 17% a menos, o que faz com que tenha margem para aumentá-los e o nosso país já não”. O deputado disse que “este orçamento ainda não corta na despesa pública” e defendeu, a título de exemplo, o corte “nos estudos de consultoria”.

A sessão terminou com um participado debate, onde a plateia, aberta aos militantes do PSD mas também à sociedade civil, colocou diversas questões a Miguel Frasquilho, que não deixou ninguém sem resposta.

 

 

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Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2010

Curia Tecnoparque recebe lançamento do número 36 da revista Aqua Nativa

Nova edição dedicada à freguesia de Tamengos, Anadia

Uma reflexão e análise históricas sobre um espaço carregado de memórias. Assim poderia definir-se a sessão de lançamento do número 36 da Revista de Cultura e História Local Aqua Nativa, edição dedicada a Tamengos, que juntou no auditório do Curia Tecnoparque, em Tamengos, alunos da Universidade Sénior da Curia (USC) e também muitos habitantes da localidade homenageada.

Nuno Rosmaninho, docente do Departamento de Línguas e Cultura da Universidade de Aveiro, proporcionou uma verdadeira aula de História Local a todos quantos puderam assistir ao lançamento de “Dossiê Tamengos”, cuja leitura permitirá uma “viagem pelo espaço, pelas pessoas e por quotidianos totalmente diferentes” dos que se conhecem hoje e que dizem respeito à realidade daquela freguesia do concelho de Anadia, até há 50 anos atrás.

O autor e investigador explicou que esta é uma temática com grandes “virtudes cívicas”, uma vez que poderá fazer “entender melhor e lutar por um lugar”. E como “o que há ainda para fazer é imenso”, este “Dossiê Tamengos” pode também ajudar a mostrar temas que funcionam como exemplos para quem quer investigar e fazer História Local, até porque “no concelho de Anadia poucas povoações têm estudos sistemáticos feitos”.

O investigador dá o exemplo da preservação do património das igrejas, que ainda não está estudado, e que é urgente “fotografar, medir e pesar”. O autor terminou deixando uma sugestão: a criação de uma “Carta Concelhia do Património”.

Para Alice Godinho, professora de Estruturas Socioculturais da USC, a revista Aqua Nativa - e este número em concreto, dedicado a Tamengos - vêm desempenhar um “importante papel na construção histórica”, revelando-se um “valioso instrumento de trabalho e investigação”.

O dossiê sobre Tamengos reúne um conjunto de realidades já passadas, permitindo também satisfazer a curiosidade dos habitantes de hoje.

Carlos Alegre, director e coordenador da Revista Aqua Nativa, descreveu a publicação como um “espaço de memórias, de histórias de vida”, convidando todos os que gostam de História Local a escrever, “porque realmente têm muito para dizer”.

Esta edição, que completa o 19º aniversário da revista, apresenta um conjunto de artigos e estudos sobre Tamengos ao longo da História, um trabalho de vários autores, que traça um perfil da localidade em cerca de metade da revista.

Está já a ser preparado o número 37 da Aqua Nativa, que incluirá um dossiê de estudos sobre Ancas.

 

 

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Domingo, 7 de Fevereiro de 2010

Câmara de Anadia entrega última versão do PDM e rejeita responsabilidades

Há mais de dez anos que a autarquia iniciou o processo de revisão

Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia, veio dizer aos jornalistas que a autarquia entregou a última versão do Plano Director Municipal (PDM) de Anadia, rejeitando “qualquer responsabilidade” nos sucessivos atrasos a que a revisão do documento tem sido sujeita.

Para o autarca, a culpa é das alterações legislativas constantes que têm impedido o processo de continuar de forma célere.

“Não estamos aqui para esconder nada, mas sim para esclarecer o que se quiser. É por isso que queremos informar que, pela morosidade e pela impossibilidade de prosseguirem o trabalho que vinham a fazer, a empresa que estava a tratar da revisão do PDM deixou, entretanto, de o fazer, tendo sido o gabinete técnico da Câmara Municipal de Anadia a dar seguimento às alterações que foram necessárias efectuar”, explicou Litério Marques.

 

Alterações “de forma”

O edil anadiense fez questão de frisar que essas mesmas alterações “foram apenas de forma e não de conteúdo”, provocadas pelos “dispositivos legais que vão sendo introduzidos.

Sem papas na língua, Litério Marques deu a conhecer que a autarquia entregou às entidades competentes a versão final do PDM de Anadia, aguardando agora que as mesmas se pronunciem.

“Espero agora que, dentro dos prazos que estão estabelecidos, essas entidades se pronunciem”, rematou o autarca, não sem antes dizer que “é já tempo para uma aprovação definitiva do novo PDM de Anadia”. 

 

Revisão iniciou em 1998

Recorde-se que foi no ano de 1998 que a Câmara Municipal de Anadia deu início à primeira revisão do PDM, um processo que, aliás, ainda não foi concluído.

O Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro - que já foi alterado sete vezes -, que estabelece em geral as bases da política de ordenamento do território e urbanismo, e em particular os conteúdos material e documental dos PDM, previa nos termos do artigo 155º que a regulamentação de determinadas matérias essenciais para a orientação da elaboração dos respectivos processos deveria ser aprovada num prazo que variava entre 120 e 180 dias.

Nos termos da nova regulamentação, só foram excluídos da necessidade de adaptação os procedimentos relativos aos PDM que já tivessem obtido o parecer final por parte das Comissões de Acompanhamento. Embora o processo da primeira revisão do PDM de Anadia já estivesse nessa altura bastante completo, não tinha, porém, de acordo com Litério Marques, ainda alcançado a fase de emissão do referido parecer.

Assim, e apesar das próprias entidades com competências no ordenamento do território não terem ainda disponibilizado normas para auxiliar a interpretação das novas directrizes, a equipa técnica responsável da autarquia procedeu à realização das alterações consideradas necessárias para adequar o conteúdo dos documentos fundamentais, tais como a Planta de Ordenamento, Planta de Condicionantes e o respectivo Regulamento.

“Entregues que estão os documentos ao presidente da Comissão Técnica de Acompanhamento, resta aguardar a sua apreciação”, concluiu o autarca.

 

 

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Domingo, 31 de Janeiro de 2010

Cerca de 250 pessoas no registo de dadores de medula óssea promovido pela CADES

Solidariedade move população da Bairrada

Cerca de 250 pessoas - dos concelhos da Mealhada e Anadia mas não só - estiveram ontem, dia 30 de Janeiro, na Escola Secundária da Mealhada, na cidade da Mealhada, para participar na recolha de registo de dadores de medula óssea, uma iniciativa organizada pelo Núcleo de Saúde da Associação CADES – Cooperação Artística, Desportiva, Educativa e Social, em parceria com o Centro de Histocompatibilidade do Centro (CHC), que se deslocou ao local com uma brigada.

Pela Teresa, pelo Afonso, pela Sofia, pela Cármen. Por todos. Foram estas crianças e tantos outros que necessitam de transplante de medula óssea que mobilizaram mais de duas centenas de pessoas para marcar presença na Secundária da Mealhada e inscreverem-se no “Registo Português de Dadores de Medula Óssea”.

Elsa Corga, vereadora da Câmara Municipal de Águeda, também se associou à causa, por já há algum tempo ter intenção de se registar como dadora: “Faltava apenas surgir a oportunidade. Esta causa diz-me alguma coisa. Quando temos casos na família, ficamos sempre mais sensíveis”, disse, frisando que o facto da recolha ter-se realizado num concelho que não o seu “não foi de todo impeditivo para vir. É um dever que temos, independentemente de ser fora de Águeda”.

Para a autarca aguedense, “em todos os municípios deve realizar-se esta acção. Dou os parabéns à CADES por tão nobre iniciativa”, referiu. Janine de Oliveira, presidente da Direcção da CADES, acabaria por assumir à vereadora que a associação “disponibiliza-se para promover a mesma iniciativa no concelho de Águeda”.

Também Júlio Penetra, vereador da Câmara Municipal da Mealhada, veio testemunhar a acção da CADES, defendendo ser “fundamental que se criem estas oportunidades e pretextos para que as pessoas participem nestas ajudas. É este o mérito da CADES”. O autarca realçou ainda a “adesão à acção, com números extraordinários, o que prova que temos um concelho solidário”.

Leonor Lopes, também vereadora da Câmara Municipal da Mealhada, esteve presente para dar o seu contributo, louvando a acção da CADES, que “com tão pouco tempo de existência já dinamiza este tipo de acções”. Margarida Arede, familiar do pequeno Afonso, esteve também na Secundária da Mealhada, sendo responsável pela vinda de várias pessoas à acção da CADES.

 

Balanço muito positivo

A técnica superior de Serviço Social do CHC, Fátima Pires, fez um balanço muito positivo desta acção conjunta com a CADES, que “superou todas as expectativas. As pessoas mobilizaram-se em grande número. Em nome de todos os doentes, o CHC agradece a colaboração à CADES, por ter promovido a iniciativa”.

“Hoje (ontem, dia 30) foi, sem dúvida, um dia de orgulho para a CADES! Actividades como esta revelam com muita humildade que ‘existimos para o outro’. Sinto-me orgulhosa por todos os intervenientes no processo, desde os elementos do Núcleo de Saúde e Comunicação da CADES, aos profissionais que fizeram questão de apoiar a causa, bem como pela forte adesão da comunidade”, referiu Janine de Oliveira.

Para Joana Fernandes e Carole de Oliveira, coordenadoras do Núcleo de Saúde da CADES, a recolha “ultrapassou as expectativas. As pessoas têm de continuar a acreditar neste tipo de causas, porque precisamos todos uns dos outros”.

 

Nova recolha no dia 13 de Fevereiro

Dia 13 de Fevereiro, das 9 às 17 horas, o CHC, situado dentro da cerca dos Hospitais da Universidade de Coimbra, no edifício São Jerónimo, 4º piso, a pedido dos familiares da Sofia vai realizar nova recolha. Quem estiver interessado em inscrever-se pode fazê-lo nesse dia.

 

 

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Sábado, 30 de Janeiro de 2010

Projecto “Escola Electrão” em Vilarinho do Bairro (Anadia)

Dia 4 de Fevereiro é a data para recolha dos materiais

Está já a decorrer o projecto “Escola Electrão” na Escola Básica nº 2 de Vilarinho do Bairro. O projecto consta da recolha de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE), cuja duração de vida terminou, tendo por isso passado à situação de Resíduos (REEE).

Estes equipamentos obedecem a um escalonamento em 10 categorias, a saber: grandes electrodomésticos (frigoríficos, máquinas de lavar, etc); pequenos electrodomésticos (aspiradores, ferros de engomar); equipamentos informáticos e de telecomunicações; equipamentos de consumo (televisores, rádios, leitores de MP3); equipamentos de iluminação (todo o tipo de lâmpadas, à excepção das incandescentes); ferramentas eléctricas e electrónicas; brinquedos e equipamentos de desporto e lazer; aparelhos médicos; instrumentos de monitorização (detectores de fumo, reguladores de aquecimento); e distribuidores automáticos, isto é, má-quinas de distribuição de produtos.

No caso de Vilarinho ser uma das escolas que consiga recolher mais materiais, esses prémios serão bem interessantes, desde um simples computador e impressora até conjuntos de equipamentos bem completos.

O projecto iniciou no passado dia 15, terminando dia 4 de Fevereiro, data de recolha dos materiais. Dia 1 de Fevereiro, segunda-feira, a escola receberá a visita do Ponto Electrão, contentor concebido pela Amb3E para recolha destes materiais.

 

publicado por quiosquedasletras às 09:12

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