Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2010

Parque da Cidade da Mealhada vai ter mais 500 árvores e arbustos

Plantação acontece ao abrigo do projecto “Criar Bosques” da Quercus

A Câmara Municipal das Mealhada, ciente do papel que as florestas têm na conservação do solo, na regulação do clima e do ciclo hidrológico, enquanto suporte de biodiversidade e sumidouro de dióxido de carbono - CO2, e na produção de matérias-primas fundamentais para a vida quotidiana, aderiu ao projecto “Criar Bosques, conservar a Biodiversidade”.

O Parque da Cidade (antigos Viveiros) vai receber cerca de 500 novas árvores e arbustos ao abrigo deste programa, designadamente:
3 - Acer pseudoplatanus (plátano bastardo);
20 - Arbutus unedo (medronheiro);
20 - Crataegus monogyna (pilriteiro);
10 - Prunus lusitanica (azereiro);
10 - Frangula alnus (amieiro negro);
53 - Ilex aquifolium (azevinho);
30 - Myrtus communis (murta);
50 - Rhamnus alaternus (aderno bastardo);
107 - Laurus nobilis (loureiro);
200 - Viburnum tinus (folhado).

Depois da primeira plantação, que decorreu na passada semana, estão previstas mais duas, uma das quais já está marcada para 21 de Março.

O projecto “Criar Bosques, conservar a Biodiversidade” é uma iniciativa da Quercus, que visa salvar e proteger e expandir os bosques de espécies autóctones, isto é, de árvores e arbustos originais da flora portuguesa, em colaboração com várias entidades e voluntários.

A iniciativa prevê intervenções a três níveis: 1 - reproduzir árvores e arbustos autóctones, nomeadamente algumas espécies raras ou ameaçadas de extinção; 2 - restabelecer o coberto arbóreo e arbustivo autóctone em áreas públicas e privadas, através da plantação/sementeira e do aproveitamento da regeneração natural; 3 - disponibilizar plantas autóctones produzidas em viveiro para utilização em projectos de carácter conservacionista.

Nesta colaboração, a “ponte” entre a Câmara Municipal da Mealhada e a Quercus foi feita pela Associação Bairrada Solidária.

 

 

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010

Vandalismo no Parque da Cidade da Mealhada

Prejuízos cifram-se já em mais de 5 mil euros

O Parque Urbano da Mealhada tem sido alvo de actos de vandalismo durante os últimos quinze dias. Um poste de luz partido, dois caixotes do lixo arrancados, bebedores estragados, luminárias dos candeeiros partidas e mais de 40 loureiros e 20 medronheiros desenraizados é o balanço dos estragos. Os prejuízos causados cifram-se já em mais de 5 mil euros.

O Parque da Cidade tem sido o mais recente local escolhido para a prática de actos de vandalismo na Mealhada. Durante os últimos quinze dias já partiram um poste de luz, situado junto ao campo de basquetebol; arrancaram dois caixotes do lixo, um dos quais foi atirado ao lago; estragaram vários bebedores; partiram as luminárias de, pelo menos, dois candeeiros e arrancaram 40 loureiros e 20 medronheiros. As primeiras estimativas apontam para prejuízos acima dos 5 mil euros.

Recorde-se que cerca de meia centena de sinais de trânsito do concelho foram, há mais de um mês, alvo de actos de vandalismo e que as rotundas do município têm sido também vandalizadas, através do furto de plantas e mais recentemente de pedra ornamental. A Câmara Municipal da Mealhada tem comunicado sempre o sucedido às autoridades municipais, tendo já sido identificado pelo menos um autor de furto. 

O presidente da Câmara da Mealhada lamenta tais “actos de puro vandalismo” e reitera o apelo ao “civismo dos cidadãos”, solicitando a contribuição e vigilância de todos para a preservação do espaço público. Carlos Cabral recorda que estas práticas lesivas do património público custam muito dinheiro à autarquia, dinheiro este proveniente dos impostos e, por conseguinte, dinheiro que é de todos os contribuintes do concelho.

 

 

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Terça-feira, 1 de Dezembro de 2009

Bronca da semana

IGAOT suspeita da legalidade da expansão de cinco Zonas Industriais em Anadia

Segundo informação da Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT), emitida na sequência de diversas denúncias sobre a gestão do território no concelho da Anadia, com desflorestação e obras de escavação e aterros em áreas da Reserva Ecológica Nacional (REN), veio a mesma confirmar violações ao Plano Director Municipal (PDM) de Anadia e infracções verificadas em diversas Zonas Industriais do município, situação que levou a determinar uma inspecção, com carácter de urgência, à avaliação do cumprimento do regime jurídico da REN naquele município.

A IGAOT avaliou cinco processos administrativos relativos à expansão não programada de cinco Zonas Industriais no concelho de Anadia - Amoreira da Gândara, Paraimo, Vilarinho do Bairro, Vale Cid e Vale de Salgueiro -, sobre área condicionada pelo regime da REN.

“O primeiro processo refere-se à desflorestação e escavação em REN, até ao aquífero em Vale de Salgueiro, freguesia de Arcos, com deposição de resíduos de construção e demolição e outros mais perigosos, onde se tinha alertado para o risco de contaminação das águas de nascentes e captações de uso público”, como pode ler-se no comunicado emitido pela Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza.

Outro dos casos refere-se à execução de obras numa Zona Industrial “que não está aprovada, em Vilarinho do Bairro, sem que tenha sido realizada Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e onde ocorreu o abate ilegal de um povoamento de sobreiros”.

A Quercus e a Aquaecuriva - Associação para a Defesa do Património Ambiental e Cultural da Bairrada, através da sociedade de advogados “Almeida Ribeiro e Associados”, interpuseram uma providência cautelar, contra o município de Anadia, por violar de forma grave e continuada o PDM respectivo, para expansão da Zona Industrial de Amoreira da Gândara em área condicionada da REN.

 

Providência cautelar confirmada leva à suspensão dos trabalhos

Já no dia 20 de Outubro o Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro tinha decretado provisoriamente a providência cautelar. Todavia, no passado dia 12 de Dezembro, o mesmo Tribunal confirmou o decretamento provisório da providência cautelar, determinando a suspensão imediata de todos e quaisquer trabalhos, seja de arranque de sobreiros ou outras árvores, desmatação, movimentação de terras, escavação, depósito de entulhos e arruamentos na zona da REN, não tendo o município de Anadia deduzido qualquer oposição judicial.

“Nos termos da decisão judicial, o município de Anadia viola de forma grave, sistemática e continuada o PDM aprovado e em vigor para o concelho, na freguesia de Amoreira da Gândara, mais precisamente na Zona Industrial e na área limítrofe e de expansão à referida zona, passando de 8,4 hectares (ha) para 42,7 ha, sem ter promovido a obrigatória AIA, efectuando uma intervenção ilegal sobre uma área florestal com povoamento de pinheiro-bravo, eucalipto e onde existem cerca de 600 sobreiros, em REN, quando existem alternativas para a instalação de novas indústrias”, refere o comunicado da Quercus.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), no dia 27 de Agosto, intimou o presidente da Câmara Municipal de Anadia, Litério Marques, a apresentar, no prazo de 90 dias, um plano de recuperação ambiental e paisagística de toda a área intervencionada em solo afecto à REN, “plano esse que desconhecemos tenha sido apresentado por esta autarquia. A CCDRC considera também que as intervenções efectuadas em áreas vinculadas pelo regime jurídico da REN constituem uma contra-ordenação ambiental muito grave”, termina a Quercus.

O Quiosque das Letras tentou ouvir Litério Marques, mas sem sucesso.

 

 

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Quinta-feira, 12 de Março de 2009

Dia da Floresta e Dia da Água

Árvores e peixes “amigos do ambiente” em exposição no concelho da Mealhada

A Câmara Municipal da Mealhada organizou mais uma das habituais Actividades de Educação Ambiental, desta vez para assinalar o Dia da Floresta, a 21 de Março, e o Dia da Água, a 22 de Março. A actividade, direccionada às crianças dos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do Ensino Básico do concelho, consistiu na elaboração de esculturas de árvores com materiais orgânicos para celebrar o Dia da Floresta e na elaboração de peixes flutuantes com materiais recicláveis para celebrar o Dia da Água.

Os jardins-de-infância da Lameira de São Pedro, do Carqueijo e da Pampilhosa, bem como as escolas do 1º ciclo do Ensino Básico da Lameira de São Pedro e da Mealhada decidiram participar no desafio do Dia da Florestas e realizaram já várias esculturas de árvores que vão ficar expostas, no Jardim Municipal da Mealhada, de 16 a 25 de Março, enquanto o Jardim-de-Infância de Valongo foi o único a aceitar a proposta para o Dia da Água e a criar “peixes flutuantes” que vão ficar expostos num lago do jardim-de-infância, próximo do Cine-Teatro Municipal Messias, nas mesmas datas, isto é, de 16 a 25 de Março.

 

 

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Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009

Várias localidades são afectadas e muitos hectares de vinhedo podem desaparecer

José Manuel Ribeiro considera traçado do TGV “um atentado” para Anadia

José Manuel Ribeiro, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República (AR), considera o traçado do TGV e “corredores de protecção”, no caso concreto do município de Anadia, “um verdadeiro atentado”, porque “passam à tangente” junto de várias localidades, também “destruindo várias dezenas de hectares de vinhedo, aniquilando aquela que é porventura a principal riqueza da região”.

É desta forma que o deputado se insurge face à Resolução do Conselho de Ministros (RCM), datada de 8 de Janeiro de 2009, e que o Governo fez publicar em Diário da República. Esta RCM faz assim aprovar a delimitação de áreas do TGV para o concelho de Anadia, por abranger o traçado entre Pombal e Oliveira do Bairro.

“O Governo, à conta do TGV, aprova um ‘colete de forças’ que vem criar ainda mais restrições e limitações ao município de Anadia, com prejuízo para o seu desenvolvimento e progresso”, afirma José Manuel Ribeiro, fazendo referência ao Plano Director Municipal de Anadia (PDM), que leva já cerca de uma década a ser revisto, podendo “sofrer mais um percalço, prejudicando ainda mais o concelho”.

Tal facto deve-se - como explica no requerimento que entregou na mesa da AR, no passado dia 11, dirigido ao Governo, nomeadamente ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino -, à definição do traçado do TGV e também porque as áreas abrangidas por medidas preventivas ficam sujeitas a parecer prévio vinculativo da Rede Ferroviária Nacional (REFER).

Criação de novos núcleos populacionais, incluindo operações de loteamento; construção, reconstrução ou ampliação de edifícios ou de outras instalações; instalação de explorações ou ampliação das já existentes; alterações importantes, por meio de aterros ou escavações, à configuração geral do terreno; derrube de árvores em maciço, com qualquer área e destruição do solo vivo e do coberto vegetal são alguns exemplos.

Ao analisar as plantas do traçado previsto, José Ribeiro diz ficar “escandalizado” com o que vê. “Na verdade, com o traçado e os ‘corredores’ que o Governo apresenta, o TGV ‘passa à tangente’ junto de várias localidades”. E continua: “A entrada sul do município de Anadia tem dois ‘corredores’. As localidades que poderão vir a ser bastante prejudicadas são Tamengos, Curia, Horta, Ribafornos, Óis do Bairro, São Lourenço do Bairro e Ancas, entre outras”.

A verificar-se, o deputado garante que esta situação “retirará qualidade de vida aos munícipes, em especial aos destas localidades”.

 

Destruição de vinhedo

José Ribeiro constata ainda que, além da criação de um “rasgo inaceitável, uma barreira anti-natural que é efectuada no município de Anadia, o projecto TGV irá destruir várias dezenas de hectares de vinhedo, aniquilando aquela que é porventura a principal riqueza da região”.

“Destrói vinhas, arruína uma beleza natural sem paralelo e intromete-se, devastadoramente, em projectos de assinalável sucesso na região e no país. Esta situação é inaceitável e incompreensível!”, frisa, no requerimento entregue no dia 11.

José Ribeiro questiona, assim, Mário Lino, para saber se o Governo tem noção do enorme prejuízo que o traçado do TGV e os “corredores de protecção” vêm causar a Anadia. O deputado também quer saber se as autarquias locais que podem vir a ser afectadas foram auscultadas, incluindo a Câmara de Anadia.

 

 

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Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009

“En(contra) as mimosas”

Dia 15 de Fevereiro jornada aos recantos da serra

Depois das chuvas fartas e das noites mais frias do Inverno serrano, os vales que descem com os rios do Caramulo vestem-se com as cores verdes e amarelas do concelho de Águeda. São as acácias mimosas que anunciam a Primavera.

Nada ponha os serranos a dar pulos de contente, porque as acácias que explodem de amarelo, são elas próprias tão daninhas que perturbam e destroem a criação natural da biodiversidade secular destas encostas e destes vales.

Nos últimos anos as pinceladas de amarelo têm-se multiplicado muito além do que seria aceitável, com os magotes a debruçarem-se nos penhascos, a envolver as aldeias e a esticarem-se em linha, pelas corgas e rios abaixo. É, todavia, uma atracção instantânea e fugaz, tão daninha como a própria mimosa, levando “Os Serranos Associação Etnográfica” a organizar, em cada ano, uma visita aos recantos da serra, que tanto excita o lado estético, como denuncia a proliferação desta espécie invasora, que pode ser combatida através da presença humana mais frequente e mais intensa e com a promoção dos produtos da tradição serrana.

 

Contra a desertificação

Em 15 de Fevereiro próximo, “Os Serranos Associação Etnográfica” vai lançar mais uma jornada de regresso aos recantos da serra que já se denominou de Alcoba, seguindo as manchas amarelas e daninhas que correm e serpenteiam ao lado dos rios travessos e transparentes.

No fundo dos vales, em cima e pelos lados dos rios bruscos e cristalinos serpenteia a praga das acácias, que cresce ano após ano e atrapalha a vegetação nativa e a exploração da floresta. Contudo, saltando das manhãs de geada, os cachos de amarelo-vivo espalham aromas breves e proporcionam um cenário belo.

De quando em quando, a caravana tropeça com o casario das pequenas aldeias, desejosas de habitação e das visitas que levam presença humana, ainda que seja motivada pelo exotismo da combinação e pela mistura de pedra e telha cor de pedra com os magotes amarelados das mimosas.

“Os Serranos” organizam este “raid fotográfico”, que se inicia junto aos Bombeiros Voluntários de Águeda, pelas 9 horas. Depois partem pelas veredas serranas, rios acima, parando nas fontes e nas aldeias milenares. As mimosas daninhas e filhas da desertificação e da quebra da biodiversidade natural, são o motivo desta pequena aventura, cujo colorido único e fugaz, não esquece que devem ser combatidas como praga má e que o regresso das populações nativas e a visita frequente dos seus amigos constitui um destes instrumentos de luta pelo re-estabelecimento da flora arbustiva natural da encosta ocidental da serra do Caramulo.

 

Salvas as aldeias serranas

O roteiro incluirá o convívio com o povo serrano, seja no mata-bicho em Alcafaz, seja no almoço em Falgoselhe, seja no fim do dia com a compra do mel no Carvalhal (uma maravilha) e a prova do vinho americano em Rio de Maçãs.

Pela tarde fora, passados outros vales e portelas, espreitam-se os fios e as quedas de água, que se juntam nos sulcos cavados pelo arado dos milénios, onde lá fundo, junto com os rios e as corgas, também correm filas de mimosas, verdes e amarelas, que se despejam nos grandes magotes nas praias fluviais.

Quando o dia estiver a terminar, também termina a aventura do “En(contra) as mimosas”, que visa despertar as consciências para todos os contributos que possam combater esta praga invasora. Antes do fim, debaixo e entre-as-pedras do Rio de Maçãs, “Os Serranos” organizam uma merenda colectiva, com animação à mistura. Para este repasto pede-se que se abram os farnéis da partilha, que cada um deve levar, juntando-se ao americano farto na tigela do Zé Fidalgo.

Durante o dia, além das caminhadas pelos percursos pedonais, os participantes terão percorrido cerca de 70 km, pelas estradas serranas, com a organização a assegurar que todo o percurso pode ser realizado com carro ligeiro.

As inscrições terão de ser feitas até amanhã, dia 11 de Fevereiro, dirigindo-se à “Associação Etnográfica Os Serranos” ou nos locais assinalados, na cidade de Águeda (Foto POP, Ourivesaria Diamante, Casa Candeeiro e Ourivesaria Arromba).

Poderão ainda ser usados os telefones 234 655 109, 234 655 181, 91 752 63 35 e 96 872 36 23. A inscrição é no valor de 15 euros por pessoa (12 euros para os sócios da “Associação Etnográfica Os Serranos”). Inclui o almoço.

 

 

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Segunda-feira, 2 de Fevereiro de 2009

Bronca da semana

Quercus recorre de decisão judicial favorável à Câmara Municipal de Anadia

A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, vai recorrer da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu (TAFV), que considerou não ter havido qualquer violação por parte da Câmara Municipal de Anadia da providência cautelar interposta pela associação ambientalista sobre os terrenos em Vale de Salgueiro, Alféloas, freguesia de Arcos, concelho de Anadia.

Na providência cautelar, de 14 de Dezembro de 2005, foi decidido “o decretamento provisório da providência determinando a suspensão imediata de todas as acções levadas a cabo pelo município de Anadia na freguesia de Arcos, Vale de Salgueiro, Alféloas, consistentes no abate de árvores e destruição do coberto vegetal existente; extracção de inertes e escavações e na posterior reposição do solo com materiais usados”.

A associação ambientalista fez queixa ao TAFV de que estava a ser feita a violação da providência cautelar em vigor. Apesar dos factos apresentados pela Quercus, o tribunal veio decidir que o conjunto de actos praticados pela Câmara Municipal de Anadia não constitui violação dessa providência cautelar.

Esta queixa, contra a violação da sentença e que toma o nome jurídico de execução coerciva de providência cautelar, resulta de duas queixas assimiladas numa só, sendo uma delas referente à construção de um estaleiro, em zona de Reserva Ecológica Nacional (REN), em Outubro de 2007 e a outra referente à terraplanagem do terreno, em Agosto último.

De acordo com a Quercus, a Câmara de Anadia executou obras sem licença e em zona REN, mantendo-se assim o motivo que deu origem à providência cautelar.

 

O que motivou o recurso

Pode ler-se no recurso - que pretende que o Tribunal Central Administrativo do Norte decida que há violação da decisão do tribunal -, que a área de objecto da providência cautelar, intervencionada pelo município de Anadia, situa-se integralmente em zona REN e que a autarquia construiu um estaleiro de obras municipais na área de REN abrangida pela providência.

De acordo com a Quercus, desde Dezembro de 2005 que são depositados materiais pela Câmara de Anadia nesses terrenos. O movimento de materiais inertes para dentro e fora do referido estaleiro intensificou, como pode ler-se no recurso, tendo sido construído um muro em alvenaria, onde existia uma rede e criado uma fossa de óleos, conforme resulta do depoimento das testemunhas.

Acresce ainda que a autarquia anadiense “procedeu à terraplanagem completa da área intervencionada, durante Agosto de 2008, tendo a deliberação camarária sido tomada apenas posteriormente aos factos, a 10 de Setembro de 2008”.

No documento pode ainda ler-se que o município de Anadia confessou a maioria dos factos ilícitos praticados, tanto no requerimento inicial de execução coerciva, datado de Outubro de 2007, como na ampliação do pedido, datado de Setembro de 2008.

“Dos documentos juntos aos autos, do teor das peças processuais juntas aos autos, resulta de forma clara uma violação pelo município de Anadia da sentença que decretou a providência cautelar”, lê-se no recurso da Quercus.

Refira-se que a sentença da providência cautelar proíbe o município de intervir “seja a que título for naquela área REN”. Contudo, a Câmara de Anadia tapou o último buraco das múltiplas escavações que tinha feito até Dezembro de 2005, “não retirando as toneladas de entulho, cimento e alvenaria que havia enterrado naquela área, continuando assim a prejudicar a reserva aquífera do concelho”, defende a Quercus.

Domingos Patacho, dirigente nacional da Quercus, afirmou ao Quiosque das Letras (QL): “Não concordamos com a decisão. Há resíduos que ficaram enterrados, não confiamos no trabalho feito pela Câmara de Anadia”.

O recurso diz que o município de Anadia “estava e está interdito de intervir na área identificada nos autos. Ao fazê-lo viola uma sentença judicial e incorre em responsabilidade civil e criminal”.

Contactado pelo QL, Litério Marques recusou-se a comentar.

 

 

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Domingo, 25 de Janeiro de 2009

Campanha “Recolha de Rolhas de Cortiça”

Águeda amiga do ambiente

A Câmara Municipal de Águeda associou-se à Associação Bairrada Solidária na campanha “Recolha de Rolhas de Cortiça”, que conta com a Quercus e com a Corticeira Amorim como parceiros.

Esta campanha faz parte do “Green Cork”, um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, a Modelo/Continente e a Biological. Com esta iniciativa, procura-se promover a reciclagem da cortiça e a sensibilização dos adultos e crianças para a separação selectiva deste material.

Este esforço de reciclagem vai permitir o financiamento de parte do Programa “Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade”, que utilizará exclusivamente árvores que constituem a nossa floresta autóctone, entre as quais o Sobreiro, Quercus suber.

À semelhança da Campanha das Tampinhas, a Câmara Municipal de Águeda pretende participar activamente nos esforços realizados no âmbito da protecção ambiental, com a disponibilização de um espaço para guardar as rolhas de cortiça.

A autarquia apela à cooperação nesta iniciativa por parte de todos os estabelecimentos de restauração do concelho que utilizam rolhas de cortiça nos seus produtos.

A recolha do referido material será efectuada pela Câmara Municipal e, para que tal seja feito, será necessário contactar o engenheiro da autarquia responsável pelo projecto, Miguel Tavares, através do endereço de correio-electrónico miguel.tavares@cm-agueda.pt ou pelo 234 610 070 (extensão 411).

 

 

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Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2009

Percurso pedestre “Da Pateira ao Águeda”

Grupo da CGD de Lisboa trilhou o primeiro percurso pedestre criado no concelho de Águeda

No passado dia 10 de Janeiro, pelas 10 horas, no parque da Pateira de Óis da Ribeira, um grupo de 60 funcionários da secção de montanhismo da CGD deslocou-se até Águeda, mais propriamente às freguesias de Óis da Ribeira e Espinhel, junto àquela que é considerada a maior lagoa natural da Península Ibérica – a Pateira de Fermentelos –, e ao rio onde desagua, o Águeda.

O percurso foi acompanhado pela guia da Câmara Municipal de Águeda, Célia Laranjeira, apresentando desde cedo um elevado interesse pelo património natural e paisagístico local, pelos apontamentos históricos e sociais.

De máquinas fotográficas, binóculos, mochilas, águas, equipamentos adequados, todos seguiram a caminhada de aproximadamente 14 km em espaço da “Rede Natura 2000”, onde a natureza e rica biodiversidade marcam o primeiro trilho implementado (PR1), e devidamente sinalizado, no concelho.

Desta forma, seguindo pelos trilhos, os pedestrianistas puderam observar as árvores e vegetação com as características que denunciam o Inverno que, junto à zona húmida, em áreas de caniço e sapal, escondem diversas espécies da avifauna. Num dia particularmente agradável, o grupo conseguiu observar Galeirões, Galinhas-de-água, Garças-reais, Garças-brancas, algumas espécies de patos e um numeroso bando de Corvos-marinhos.

No âmbito da requalificação ambiental da Pateira há a necessidade de sensibilizar e educar para a conservação da natureza, preservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável, tarefa a que a autarquia tem dado particular atenção e, onde a implementação e acompanhamento destes percursos é uma mais-valia, uma vez que permite dar a conhecer aos visitantes o património histórico, a geologia, a biodiversidade e as actividades tradicionais.

A autarquia teve ainda a oportunidade de divulgar pelo grupo outros aspectos relacionados com o turismo, o desporto e a cultura concelhias, tendo ficado programada uma nova visita a Águeda, de dois dias, de forma a praticarem desporto na natureza, conhecerem a gastronomia serrana e o que mais Águeda tem para oferecer.

Entretanto outros grupos encontram-se já agendados para conhecer o percurso da Pateira, sendo o próximo da Universidade Lusófona de Lisboa.

 

 

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Quarta-feira, 12 de Novembro de 2008

Plantação de mil árvores

Jardim Público da Pampilhosa ganhou novo espaço arborizado

O Jardim Público da Pampilhosa ganhou um novo espaço arborizado desde sábado passado, dia 8. A iniciativa, promovida pela ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, em parceria com a Citi Portugal, contou com a colaboração de 100 voluntários da Citi, que fizeram uma plantação simbólica de mil árvores - das 2500 que a empresa ofereceu ao concelho -, na parte norte deste espaço verde do município.

Pinheiros mansos, cedros, medronhais, carvalhos e outras espécies foram plantadas, por uma equipa de voluntários da Citi Portugal, na zona norte do Jardim Público da Pampilhosa. Uma iniciativa que decorreu no âmbito do Projecto ProNatura, da ANEFA, e que contou com a parceria da Citi Portugal, responsável não só pela doação e plantação das mil árvores nesse espaço municipal, mas também pela doação de outras 1500 ao concelho da Mealhada.

“É nosso dever dar alguma coisa para as comunidades com quem trabalhamos. Desta vez é à Mealhada e vamos plantar aqui mil árvores”, afirmou o responsável da Citi Portugal, Brendan Carney, minutos antes da assinatura do protocolo, que estabelece a doação de árvores ao concelho por parte da ANEFA e da Citi e a responsabilidade do concelho em as preservar e proteger. “Queremos agradecer à Citi pelas árvores, aos voluntários por as irem plantar e à ANEFA por ter escolhido o nosso município”, sintetizou, por sua vez, a vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Filomena Pinheiro.

 

“Dia Global do Voluntariado”

A plantação simbólica de mil árvores no Jardim Público da Pampilhosa foi também uma forma da Citi celebrar, mais um ano, o “Dia Global do Voluntariado”. O local escolhido para a iniciativa acabou por ser, nesta terceira edição, o concelho da Mealhada, que apresentou uma boa candidatura, sobretudo com a escolha de um espaço com condições para acolher os voluntários e os seus familiares. “A escolha prendeu-se com as condições que o concelho nos apresentou: este espaço dá perfeitamente para acolher os voluntários e as crianças que os acompanham, sem que haja perigo para essas”, explicou Cristina Torres, da ANEFA.

O vereador do Ambiente da Câmara Municipal da Mealhada mostrou-se bastante satisfeito por o seu concelho ter sido eleito para esta acção ambiental: “É um projecto extremamente importante para o nosso concelho no que diz respeito à área ambiental. A plantação de árvores é sempre uma boa iniciativa, sobretudo quando é para melhorar espaços que já tenham estado degradados”, afirmou António Jorge Franco.

Questionado sobre a escolha do Jardim Público da Pampilhosa para a iniciativa da Citi, António Jorge Franco explicou que “foi devido às condições que poderiam proporcionar aos voluntários da empresa”, mas lembrou que ainda faltam outras 1500 árvores e que há muitos espaços a necessitarem de melhorias, nomeadamente no Canedo, em Antes e na Mealhada.

“As outras árvores ainda não chegaram, mas quando chegarem, oportunamente vão saber o seu destino”, disse o vereador aos jornalistas, não querendo levantar qualquer “ponta do véu”.

Satisfeito ficou também o presidente da Junta de Freguesia da Pampilhosa, pela escolha do local. “Este é um espaço que já está muito bonito, mas agora ainda vai ficar mais! Vai ficar aqui um espaço de lazer que dignifica a Pampilhosa”, afirmou Vítor Matos, prosseguindo: “Este é um espaço em evolução e queremos continuar a trabalhar aqui para ir melhorando cada vez mais as suas condições, para ir melhorando cada vez mais esta zona de lazer”.

 

 

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